Apresentar Santo Agostinho como farol para a humanidade e visitar os caminhos dos homens e mulheres do nosso tempo à luz da sua vida e ensinamento são os objectivos fundamentais do Ano Agostiniano que se iniciou dia 23 de Fevereiro, na Diocese de Leiria-Fátima. “O próprio logotipo, que é um facho, e o hino, intitulado farol da humanidade, são sinais de que é a actualidade da procura infatigável de Agostinho que justificam um Ano Agostiniano. A sua procura incansável é um alento para quem procura hoje, apesar de não vermos são os sinais habituais da procura” explica o Pe. Armindo Janeiro, Director da Escola de Formação Teológica de Leigos da Diocese. As actividades deste Ano começaram com a aproximação a Santo Agostinho pela reflexão, com as Jornadas “Confissões: itinerário espiritual de Santo Agostinho”. O Pe. Armindo Janeiro revela que “nestas primeiras jornadas optámos por abordar os mitos da cultura moderna: liberdade, felicidade, beleza, amor. Todas essas grandes referências são procurados por cada um, numa aparência de felicidade com o que se conseguiu obter, entre o que era ideal e o que foi possível”. A grande lição destas Jornadas veio da experiência de vida de Agostinho, “o coração humano não se detém nas pretensões ou nos produtos do coração humano. Porque o homem é muito mais do que os seus produtos e dentro de si abre para um mistério maior, a Transcendência”. O programa completo do Ano Agostiniano será apresentado na Peregrinação Diocesana a Fátima, no dia 6 de Abril, e incluirá concertos, concursos de pintura e escultura, dança, teatro, exposições, retiros e dois momentos altos: uma peregrinação à terra Natal de Santo Agostinho e um Congresso em Novembro de 2004, altura do 1650º aniversário do nascimento do Santo. Os dinamismos culturais da região são assim inseridos nesta dinâmica do Ano Agostiniano, com uma disponibilidade que surpreendeu a organização, interessada em procurar raízes espirituais e culturais. “Agostinho ultrapassa em muito o limite eclesial e esta adesão dos agentes culturais da região é uma prova disso mesmo”, reforça o Pe. Janeiro.