Aniversário do movimento escutista assinalado nas ilhas Desertas

Integrado nas comemorações dos 100 anos do escutismo, realizou-se, nas ilhas Desertas, um acampamento com cerca de três dezenas de participantes. Uma forma de recordar o fundador do movimento escutista, Robert Baden-Powell, que é também, segundo o chefe regional do Corpo Nacional de Escutas, Carlos Gonçalves, a primeira organização a defender o ambiente, numa altura em que muito poucas pessoas se preocupavam com estas matérias. Pouco mais de três dezenas de escuteiros estiveram acampados, desde segunda-feira, nas ilhas Desertas, uma forma de assinalar o primeiro centenário do movimento escutismo no mundo. É que, tal como referiu o chefe regional do Corpo Nacional de Escutas, Carlos Gonçalves, também Robert Baden-Powell, fundador do movimento, realizou, em 1907, o 1.º acampamento com jovens (futuros escuteiros) na Ilha de Bronsea em Inglaterra. De acordo com Carlos Gonçalves, este acampamento teve como objectivo recordar esse acampamento do fundador do escutismo, onde ele «teve oportunidade de testar, com um grupo de 20 jovens, entre os 12 e os 16 anos, aquele que veio a ser o movimento escutista em todos o mundo». Agora, «100 anos depois, entre as várias actividades que programamos para estas comemorações na Madeira, por sugestão de diversos dirigentes dos vários agrupamentos, resolvemos incluir este acampamento, tentando voltar às origens». Para os jovens que participaram neste acampamento, Carlos Gonçalves diz que «esta é uma oportunidade única, até porque, para eles, é a primeira vez que foram às Desertas, também foi a primeira vez que entraram num navio da Marinha. Sem dúvida que é um momento alto destas comemorações, especialmente para estes jovens que tiveram esta oportunidade e que, de certeza, não se vão esquecer para o resto da vida». O facto de se realizar este acampamento numa reserva reveste-se, segundo Carlos Gonçalves, de especial importância. Tal como afirmou, os jovens e crianças da Madeira, com o trabalho que é feito ao nível das escolas, estão sensibilizados para a preservação do ambiente e estão informadas sobre o património ambiental e as reservas ambientais. Pelo que, o facto de estarem numa reserva, poderem estar com os técnicos que poderão dar algumas explicações sobre aquele espaço, «é o passar da teoria à prática, daquilo que eles ouvem nas escolas e também nos escuteiros». Na sua opinião, quem conhece melhor, defende melhor o património. Recordando, a este propósito, que o escutismo é o movimento mundial que há mais anos defende a natureza.

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