Angra: Párocos e responsáveis de serviços diocesanos devem manter-se em funções até chegada do novo bispo

Cónego Hélder Fonseca Mendes explica continuidade com situação de «sede vacante»

Foto: Agência ECCLESIA

Angra do Heroísmo, Açores, 22 jul 2022 (Ecclesia) – O administrador diocesano de Angra informou o clero que o serviço nas paróquias deve continuar, “até que o próximo bispo confirme ou altere esta decisão”, “apesar da provisão que os nomeou cessar” a partir de hoje.

“Uma vez que a diocese de Angra está em sede vacante, ficam notificados os titulares dos cargos para os quais foram nomeados pelo então Bispo de Angra, de que se devem manter em funções, até que o próximo bispo diocesano confirme ou altere esta decisão”, explica o cónego Hélder Fonseca Mendes, na comunicação publicada no sítio online da diocese.

Neste contexto, o administrador diocesano de Angra assinala que este prolongamento não significa, “por si mesmo, um mandato de mais seis anos”.

São 22 sacerdotes que devem estender o seu serviço nas paróquias “apesar da provisão que os nomeou cessar a partir do dia 22 de julho”, e esta situação aplica-se também às capelanias, como do Estabelecimento Prisional de Angra, do reitor e vice-reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo, em Ponta Delgada, aos responsáveis de serviços diocesanos e órgãos da cúria diocesana, e ao Conselho de Assuntos Económicos.

“O que se pede a um bom pastor, com a dedicação e a paciência necessárias para com Deus e com o seu povo, é que cada padre, diácono, religioso ou leigo, na sua ilha e na diocese, se mantenha no seu oficio e nos seu lugar, apesar da nomeação em vigor caducar e não puder ser renovada automaticamente”, desenvolve o administrador diocesano.

A Diocese de Angra encontra-se em sede vacante desde o dia 21 de setembro de 2021, quando o então bispo diocesano D. João Lavrador foi nomeado para Viana do Castelo.

“Naturalmente que durante este longo período de sede vacante, sem que se veja o seu termo à vista, surgem situações não previsíveis nem desejadas, não motivadas por uma decisão administrativa superior, mas por imposição da realidade ou motivo de força maior: O povo de Deus que reside nos Açores não ficará abandonado sem um pastor, até que possa ser dada, nos termos do Direito, uma solução de carácter mais estável”, escreveu o cónego Hélder Fonseca Mendes, em ‘Serviços e ofícios na Diocese de Angra para o próximo ano pastoral 2022-2023’.

Após a saída do 39.º bispo de Angra para a sua nova diocese, o Colégio de Consultores escolheu o cónego Hélder Fonseca Mendes para administrador diocesano, a 30 de novembro, até á nomeação de num novo bispo titular para a diocese açoriana.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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