Padre Norberto Brum afirma que o pacto «não ficou fechado» e entrou na dinâmica, «inclusive, da nova organização da pastoral juvenil», que vão apresentar em breve
Angra do Heroísmo, Açores, 25 jul 2024 (Ecclesia) – O diretor da Pastoral Juvenil da Diocese de Angra destaca que o ‘Pacto da Montanha’, assinado há um ano, dia 25 de julho de 2023, foi uma forma de “provocar os jovens para a importância do cuidado da ‘Casa Comum’”.
“O ‘Pacto da Montanha’ quis ser uma provocação, aproveitando a escalada à Montanha do Pico como o elevar ao mais alto esta necessidade de cuidar da Casa Comum”, disse o padre Norberto Brum, ao portal online ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra.
Esta quinta-feira, dia 25 de julho, assinala-se o primeiro aniversário da subida à Montanha açoriana do Pico com o bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, e muitos jovens, que também assinaram ‘O Pacto da Montanha’- pelo cuidado na Casa Comum, quando subiram ao ponto mais alto de Portugal; participaram mais de cem pessoas, nesta atividade de envio para a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizada em Lisboa, de 1 a 6 de agosto de 2023.
“O pacto não ficou fechado em si mesmo, mas entrou na dinâmica, inclusive, da nova organização da pastoral juvenil, que deverá ser apresentada em breve”, assinalou o padre Norberto Brum, realçando que “entrou” na dinâmica dos jovens em cada comunidade e ao nível da diocese.
Segundo o diretor da Pastoral Juvenil da Diocese de Angra quiseram “provocar e esta provocação foi chegando a todas as comunidades”, e exemplifica com o ACANUC de São Miguel que “adotou” o tema ‘Os guardiões do planeta’, o Acampamento de Núcleo destes escuteiros do Corpo Nacional de Escutas (CNE) está a decorrer, até dia 29 de julho, na zona de Lagos, em Água D´Alto, com 867 escuteiros de 25 agrupamentos dos seis concelhos da ilha,
O compromisso inspira-se nas encíclicas ‘Laudato Si’ e ‘Fratelli Tutti’, do Papa Francisco, apresentando-se como um sinal de luta contra a “indiferença”.
A Diocese de Angra recorda que a iniciativa ‘Tocar o Céu’ – Celebração Diocesana de Envio à Jornada Mundial da Juventude (JMJ Lisboa) – mobilizou 121 pessoas, “na sua esmagadora maioria jovens”, jornalistas e responsáveis pelo Comité Organizador Diocesano (COD) de Angra para a JMJ, uma jovem timorense, participantes dos ‘Dias nas Dioceses’ e o então diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), padre Filipe Diniz.
No topo da Montanha do Pico, no dia 25 de julho, foi celebrada uma Missa de envio desses 100 jovens, “que com os restantes quase 800”, representaram a Diocese de Angra na JMJ Lisboa 2023.
“A JMJ (agosto de 2023, em Lisboa) foi um marco na vida de todos quantos participaram e os que se envolveram na sua preparação; a jornada deixou frutos e quando se fala de fé, esses frutos até podem não ser visíveis no sentido quantitativo; cada um saberá a forma como se envolveu e empenhou”, salientou o padre Norberto Brum, que foi o coordenador do COD de Angra.
O diretor da Pastoral Juvenil diocesana de Angra explicou que adiou a programação prevista para este ano pastoral 2023/2024 por considerar que o “tempo não era de grandes eventos”, e privilegiaram iniciativas locais em que os “jovens, inseridos nas suas comunidades pudessem traduzir o que viveram e sentiram na Jornada Mundial da Juventude”.
“Ao nível da pastoral juvenil diocesana estivemos no ano zero, por assim dizer. Partindo do que foi a nossa participação na JMJ, procurámos fazer um revisão de vida, uma introspeção, indo buscar os contributos da JMJ, escutar, auscultar os jovens e fazer esta reestruturação interior que se estende ao próprio serviço”, acrescentou o sacerdote, destacando que a “a JMJ não é um pozinho mágico que resolve os problemas da participação da juventude na Igreja”, lê-se no portal na internet ‘Igreja Açores’ da Diocese de Angra.
CB/OC
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