D. Armando Esteves Domingues assinalou que as comunidades também «crescem nos seus ministérios laicais»
Angra do Heroísmo, Açores, 21 out 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra instituiu no ministério de leitores e acólitos oito alunos do curso de Diaconado Permanente e um aluno finalista do curso Filosófico-Teológico, este domingo, na igreja de São José, em Ponta Delgada.
“Não deixeis que seja uma mera etapa para outra coisa. Vivei o ministério na vida para que sirva de exemplo e testemunho para outros. Tão importante como a instituição é que cada um de vós viva em concreto este serviço com fidelidade à Palavra proclamada e leve Jesus aos ambientes onde anda, através da caridade”, disse D. Armando Esteves Domingues, citado pelo portal online ‘Igreja Açores’.
O bispo de Angra instituiu, na tarde deste domingo, nove pessoas nos ministérios de leitores e de acólitos, que foram apresentados pelo Seminário Episcopal de Angra: oito alunos do curso de Diaconado Permanente e um aluno do sexto ano do curso Filosófico-Teológico, Fábio Silveira, natural da Paróquia da Candelária-Monte, na ilha do Pico.
“Não olheis para o ambão e para o altar como único lugar para o vosso serviço. E que o vosso modelo seja Cristo e nenhuma novidade, mais nada nem ninguém. Não permitis que o vosso eu obscureça Deus”, pediu o responsável diocesano.
D. Armando Esteves Domingues assinalou que a instituição no ministério de leitor e acólito “é sobretudo uma valorização dos ministérios laicais”, de forma que se torne “laboratório pastoral para uma ampla e renovada ministerialidade”.
“Hoje são também as comunidades que crescem nos seus ministérios laicais. Quanto mais se tornam visíveis os ministérios laicais, mesmo os de facto, mais se evidencia que a presidência não é toda a ministerialidade. Os ministérios que o são de facto, mantêm a Igreja a funcionar”, desenvolveu, citando o teólogo D. Roberto Repole.
Os novos leitores e acólitos instituídos da Diocese de Angra receberam do seu bispo o Livro com a Sagrada Escritura e o vaso com o Pão para a celebração da Eucaristia.
“Há tanto a fazer, começando pela Palavra. Bastaria que cada um de vós formasse um grupo de oração e estudo da Palavra de Deus para ter valido a pena ser Leitor Instituído, mesmo que sejais daqui a um ano diáconos”, indicou.
D. Armando Esteves Domingues observou que a “primeira vocação é a da família”, que é aquela que “gera vida e que precisa tanto de vocações”, e alertou que “alguma doença apoquenta hoje a humanidade” porque faz com não se tenha filhos, e lembrou “a natalidade baixa”.
“Que doença é que se reflete também no impedimento a que surjam novas vocações”, acrescentou.
A Igreja Católica celebrou, este domingo, o Dia Mundial das Missões 2024, “um dia especial”, salientou o bispo de Angra, que realçou que a “vida é missão e de cada vez que o Senhor vai buscar uns para tarefas especiais a festa é maior”.
“Se não tiverdes este sonho incansável da missão, também fora da Igreja, de pouco valerá este ministério. Boa missão: levai Cristo Palavra, servi Cristo Pão da Vida e que Maria a Rainha das Missões vos faça amar sempre esta Igreja de que ela é Mãe e Mestra”, acrescentou D. Armando Esteves Domingues, que é o presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização, da Igreja Católica em Portugal, citado pelo portal online ‘Igreja Açores’.
Os oito alunos do último ano de formação para o Diaconado Permanente são Armando Cordeiro (Paróquia de Nossa Senhora de Fátima); Artemísio do Nascimento (Paróquia da Matriz-Vila Franca); Francisco Silva (Paróquia de S. José), Roberto Serpa (Paróquia da Fajã de Baixo); Rui Pacheco (comunidade do Santo Cristo); Valeriano Correia, (Unidade Pastoral dos Arrifes), da ilha de São Miguel, e Manuel Gonçalves (Paróquia das Lajes/ilha do Pico), e Paulo Roldão (Paróquia do Porto Judeu/ilha Terceira). |
CB/OC