Angra: festa dos povos põe em evidência trabalho diário

Há 10 anos que a diocese de Angra organiza a Festa dos Povos. Uma sugestão da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana que a diocese acolheu como necessária, mesmo tendo em conta as suas características insulares, pois o fenómeno das migrações chega também às Ilhas. Africanos, ucranianos, polacos, romenos, indianos e mais recentemente chineses transformam a diocese de com os seus hábitos e costumes, que o Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral da Mobilidade tem de atender. Uma atenção especial que atravessa hábitos religiosos e culturas. “Muito cedo começamos a promover a integração através das festas e em orações”, explica à Agência ECCLESIA o Pe. Manuel Freitas, Director do Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral da Mobilidade. O organismo da igreja organiza ao longo do ano celebrações ecuménicas e tem especial atenção a alguns momentos litúrgicos de outras religiões, como é o caso da Páscoa ortodoxa. Mas quer na Horta como em Ponta Delgada, as festas de coroação do Espírito Santo contam há muito com a participação de imigrantes. O Dia da Festa dos Povos é um dia que põe em evidência o trabalho que o Serviço Diocesano faz ao longo do ano, numa atenção a adultos, jovens e crianças. Algumas escolas em Ponta Delgada, Angra do Heroísmo, Praia da Vitória, Horta e Madalena do Pico contaram, durante algum tempo, com estruturas preparadas para acompanhar crianças e adultos de línguas diferentes. “Recentemente as pessoas deixaram de participar tanto, porque muitos casos foram resolvidos”, explica o Director. Mas a possibilidade de participar em aulas de português, inglês e informática foi uma realidade. O Pe. Manuel Freitas afirma que a igreja deu um “grande avanço ao projecto das escolas”. A preocupação de aprofundar a língua portuguesa ditou a necessidade de se abrirem espaços para os imigrantes. A generosidade das pessoas e do voluntariado de professores permitiu o sucesso e integração de muitos imigrantes. “É incrível perceber a dedicação dos professores”. Um projecto que “conta com altos e baixos”, mas que é alvo de “muita dedicação”. Também em relação aos jovens se procurou uma maior integração, nomeadamente através do Corpo Nacional de Escutas presente nos Açores. “Por vezes organizamos passeios para conhecerem a ilha, e esta é também uma forma de os conhecermos”.

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