Reitor, padre Emanuel Valadão Vaz, afirma que «esta casa continua a cumprir a missão para a qual foi criada»

Angra do Heroísmo, Açores, 08 nov 2025 (Ecclesia) – O Seminário Episcopal de Angra celebra 163 anos, este domingo (9 de novembro), as comemorações vão ser integradas na ordenação diaconal de Fábio Silveira, que conta com a participação dos seminaristas que estão a estudar no Porto.
“Mais do que festejar o dia certo, o importante é a fidelidade ao espírito da instituição e continuar a preservar aquilo que é fundamental: a formação e o acompanhamento de quem se prepara para o sacerdócio”, disse o reitor do Seminário Episcopal de Angra, citado pelo portal online ‘Igreja Açores’.
O Seminário Episcopal de Angra celebra 163 anos de fundação, este domingo, foi criado no dia 9 de novembro de 1862, e o padre Emanuel Valadão Vaz salienta que “é um momento de memória e de compromisso”; um aniversário que coincide com o encerramento da Semana de Oração pelos Seminários Diocesanos 2025, que a Igreja Católica em Portugal está a celebrar com o tema ‘Precisamos de ti’ (2 a 9 de novembro).
O Seminário Episcopal de Angra tem quatro seminaristas, que não residem nesta instituição, estão a viver e a estudar na Diocese do Porto, respetivamente no Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição e na faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP), deste o ano letivo 2024/2025.
“Esta casa continua a cumprir a missão para a qual foi criada: formar homens de fé, preparados para servir. E continuará a ser um espaço de comunhão e missão, ao serviço da Igreja e do povo de Deus.”
As comemorações dos 163 anos do Seminário Episcopal de Angra vão ser integradas na vigília de oração da ordenação diaconal de Fábio Silveira, seminarista que é ordenado no dia 23 de novembro, uma celebração que conta com a participação dos outros estudantes que estão no Porto, o que “será um reencontro e um voltar às raízes”.
“Temos uma presença regular junto dos seminaristas, acompanhando o seu percurso e ajudando-os a descobrir o que o Senhor lhes pede. Mesmo à distância, sentimos que esta experiência tem sido um enriquecimento pessoal e espiritual”, acrescentou o padre Emanuel Valadão Vaz.
O reitor do Seminário Episcopal de Angra realçou que a “reta final da formação” dos seminaristas que vão para o Porto é “feita na diocese”, para que “continuem a olhar as suas raízes e o sentir do povo”: “É nesta ligação que se aprofunda a entrega ao Senhor”.
Segundo este responsável diocesano, o pré-seminário ganhou nova importância, esta fase inicial do discernimento vocacional requer um acompanhamento mais atento e uma colaboração mais estreita entre o seminário, as ouvidorias e as comunidades locais, e estão “a fazer um caminho conjunto”.
“Num processo sinodal que envolve todos: formadores, padres, leigos e famílias. Quanto mais trabalharmos em conjunto, mais forte será o trabalho vocacional”, explicou o padre Emanuel Valadão Vaz.
O Seminário Episcopal de Angra, que celebra 163 anos este domingo, continua a ser um espaço central de formação na diocese católica presente no Arquipélago dos Açores, é sede da Escola Diocesana de Formação e centro de vida espiritual e pastoral da Diocese, e tem acolhido iniciativas de formação laical, pastoral e espiritual.
“Continuamos com as portas abertas a grupos, movimentos e retiros. O Seminário permanece como uma casa viva, fiel à sua vocação de formar e acompanhar os que servem a Igreja”, salientou o seu reitor, ao sítio online ‘Igreja Açores’, sobre esta casa que vai acolher a Escola Diocesana de Formação, que vai começar em 2026,
O Seminário Episcopal de Angra foi fundado a 9 de novembro de 1862, 328 anos depois da criação da Diocese de Angra, pelo então bispo diocesano D. Frei Estêvão de Jesus Maria, no antigo Convento de São Francisco, com a missão de formar os candidatos ao sacerdócio; desta história de 163 anos destaca-se a expropriação do edifício, com a implantação da República, em 1911, e a reconstrução após o terramoto de 1980, tendo sido reaberto em 1985.
CB
Angra: Reitor do Seminário Episcopal convoca comunidade a ser «olheira vocacional»
