Angra: Diocese abriu as inscrições da «Aldeia da Esperança», iniciativa de reflexão e relação com Deus, o outro, a comunidade e a natureza

«Cada jovem deve entender-se como parte da criação divina, ajudando a preservar e a cuidar do dom da sua vida, como ajudar aos outros no cuidado da sua» – Gisela Baptista

Angra do Heroísmo, Açores, 01 mar 2025 (Ecclesia) – O Serviço Diocesano da Juventude de Angra abriu hoje as inscrições para a ‘Aldeia da Esperança’, iniciativa para jovens dos 15 aos 30 anos, que vai realizar de 21 a 25 de julho, na ilha de São Jorge.

“A ‘Aldeia da Esperança’ tem como objetivos ajudar na reflexão do jovem como individuo, como parte da comunidade e explorar a sua relação com Deus, que só se pode fazer se reconhecermos que fazemos parte desta bela criação que foi feita pelo nosso pai”, disse a coordenadora do Serviço da Juventude de Angra, este sábado, em declarações à Agência ECCLESIA.

“E como uma criação divina e única que somos, devemos preservar o dom da nossa vida, devemos cuidar desta nossa casa comum, entendendo que devemos deixar os locais, as pessoas sempre ‘melhores’ do que encontramos”, acrescentou Gisela Baptista.

O bispo de Angra foi o primeiro a inscrever-se na ‘Aldeia da Esperança’, no dia 15 de dezembro de 2024, na apresentação desta atividade destinada aos jovens açorianos, dos 15 aos 30 anos, que se vai realizar de 21 a 25 de julho, no âmbito do Jubileu 2025, na Fajã da Caldeira de Santo Cristo, na ilha de São Jorge.

“Queremos trazê-los para aqui, não para os retirar do mundo mas para que vejam o mundo a partir desta realidade; É a geração que vai ter o mundo nas mãos e este mundo que se descentrou de Deus e está preocupado com o lucro, com o comércio e com a exploração, em que as guerras são a expressão da crueldade que nós podemos ter uns para com os outros e com a natureza”, explicou D. Armando Esteves Domingues, nessa data, no final da sua visita pastoral à Ilha de São Jorge, citado pelo portal ‘Igreja Açores’.

Gisela Baptista explica que, até agora, existiu uma pré-inscrição na ‘Aldeia da Esperança’ para saberem do “interesse em quantidade dos jovens”, e já estão na fase da “inscrição oficial”, a partir de hoje, dia 1 de março, até ao próximo dia 31, através de um formulário online.

A organização explica que a ‘Aldeia da Esperança’, com o tema ‘Jovem, anda p’ra cá’, vai ser um “grande encontro”, para “várias centenas de jovens”, a quem é pedido “compromisso de fé e ação”, onde Deus, a natureza e a amizade serão protagonistas, com seis propostas: ‘Espiritualidade e Contemplação; Sustentabilidade e Ecologia Integral; Educação Ambiental; Comunidade e Solidariedade; Relação com a Natureza; Acolhimento e Turismo Religioso’.

“A partir de um estilo de vida simples, focado menos no consumismo e mais em valores éticos e sociais, a Aldeia quer ser um farol de espiritualidade, solidariedade e sustentabilidade, para a tua vida. A defesa do ambiente e a prática de um estilo de vida mais simples e consciente são princípios fundamentais para a construção de um futuro mais esperançoso para a tua e para as próximas gerações. Nesta Aldeia, és interpelado a refletir sobre a criação de Deus, a pobreza social e a exploração ambiental”, desenvolve, na página online criada para esta atividade de verão.

Segundo a coordenadora Serviço Diocesano de Juventude de Angra, após a ‘Aldeia da Esperança’, “cada jovem deve entender-se como parte da criação divina, ajudando a preservar e a cuidar do dom da sua vida”.

“Como ajudar aos outros no cuidado da sua e com uma maior consciencialização do cuidado necessário deste ‘espaço’ que é de todos e para todos, logo é de Todos a responsabilidade de o cuidar e ajudar sempre nesta construção de melhoria”, acrescentou.

A ‘Aldeia da Esperança’ da Pastoral Juvenil da Diocese de Angra vai realizar-se entre 21 e 25 de julho, na Fajã da Caldeira de Santo Cristo, em São Jorge, na semana anterior ao Jubileu dos Jovens do Ano Santo 2025, o Jubileu da Esperança, que se realiza de 28 de julho a 3 de agosto, em Roma.

Gisela Baptista, à Agência ECCLESIA, destaca que as datas da atividade da Diocese de Angra foram escolhidas para “permitir que os jovens que quisessem ir a Roma também pudessem usufruir desta vivência na diocese”, e essencialmente para aqueles que “não possam ir também possam viver de certa forma este jubileu”.

CB

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