Fundo conta com 20 mil euros, incluindo «donativo pessoal» do bispo local
Angra do Heroísmo, Açores, 14 jun 2023 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana de Angra criou o programa ‘Ser Casa’ para apoiar famílias carenciadas “com dificuldades no pagamento do crédito à habitação”, sinalizadas a nível paroquial, podendo cada uma ter uma ajuda mensal máximo de 150 euros.
“Este programa, que é uma ajuda supletiva a medidas estruturais que o Governo Regional já criou, vem no seguimento da Carta Pastoral da Quaresma na qual o senhor bispo pedia às comunidades paroquiais para sinalizar famílias em sobre-esforço, com dívidas de créditos à habitação”, explicou a presidente da Cáritas, em declarações ao portal ‘Igreja Açores’.
Anabela Borba adianta que o bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, “fez um donativo pessoal à Cáritas”, e a instituição, com o apoio de outras entidades, como os Santuários do Senhor Santo Cristo e de Nossa Senhora dos Milagres, na Serreta, e com recurso “a verbas próprias decidiu avançar com esta ajuda”.
‘Ser Casa’ destina-se a apoiar famílias carenciadas “com dificuldades no pagamento do crédito à habitação”, que estejam sinalizadas a nível paroquial, e cada família pode contar com um montante mensal máximo de 150 euros, durante três meses; este apoio conta com fundo de 20 mil euros.
“Nós contamos com alguns casos de famílias que já estão sinalizadas pelas paróquias que possam precisar deste apoio. As verbas não são muitas, mas vamos dar um contributo e ser solidários com quem mais precisa”, acrescenta Anabela Borba.
Segundo a presidente da Cáritas Diocesana de Angra ainda esperam resposta de pedidos de apoio feitos a empresas particulares, para aumentar o fundo financiador deste programa.
Segundo a Diocese de Angra, este programa destina-se a titulares de empréstimo para habitação própria permanente até 200 mil euros, “contraído até 31 de julho de 2022 e com taxa variável (Euribor 3, 6 ou 12 meses)”, e podem candidatar-se os titulares que tenham residência fiscal efetiva na Região Autónoma dos Açores, “não possuam outra habitação e tenham uma taxa de esforço, considerando os empréstimos contraídos até 31 de julho de 2022, igual ou superior a 30% e igual ou inferior a 35%”.
Os pedidos devem partir de uma ficha preenchida na paróquia com uma breve descrição da situação, justificar o pedido, “enviando comprovativos”, e no pedido deve estar “explícito o montante possível do apoio a despender pela paróquia”, informa o portal diocesano ‘Igreja Açores’.
CB/OC
