Disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica é de «oferta obrigatória» e «não pode ser deixada à mercê das circunstâncias»
Angra do Heroísmo, Açores, 24 mai 2012 (Ecclesia) – O bispo de Angra, D. António Sousa Braga, anunciou que espera ordenar sete padres em junho e julho, seis para o serviço da diocese sediada na Ilha Terceira e um pertencente aos franciscanos.
A celebração das primeiras três ordenações de sacerdotes diocesanos está marcada para 17 de junho na catedral de Angra, enquanto que as restantes estão previstas para a Ilha de São Miguel, durante a segunda metade de julho, revela uma Nota Pastoral do prelado.
O documento adianta que o religioso franciscano vai ser ordenado nos primeiros dias de julho na Ilha do Faial, paróquia de Praia do Norte, a sua comunidade de origem e onde integrou um grupo de jovens.
O Seminário Episcopal de Angra, que este ano assinala o 150.º aniversário da fundação, tem atualmente “cerca de duas dúzias” de candidatos ao sacerdócio, escreve o prelado, acrescentando que a 24 de abril instituiu os quatro seminaristas do 5.º ano no ministério de acólito, uma das últimas etapas antes da ordenação.
A Nota Pastoral centra-se também nas matrículas em Educação Moral e Religiosa Católica, disciplina de “oferta obrigatória e frequência facultativa ” desde o Primeiro Ciclo até ao Secundário que “não pode ser deixada à mercê das circunstâncias”.
De acordo com o acordo diplomático entre o Estado Português e a Santa Sé (Concordata), todas as escolas “têm de garantir aos pais e aos encarregados de educação a liberdade de escolha”, frisa D. António Sousa Braga, que aponta a “falta de informação e de orientação” em alguns locais do arquipélago.
A Igreja Católica, que “não quer privilégios, nem tratamento de favor”, tem consciência de que a disciplina oferece “um relevante serviço às novas gerações, ajudando-as a entrar em contacto com as raízes culturais da identidade europeia, portuguesa e açoriana”, refere o bispo de Angra.
RJM