«Servir é o grande ministério, mostrai-o», disse D. Armando Esteves Domingues
Angra do Heroísmo, Açores, 02 mai 2023 (Ecclesia) – O bispo de Angra instituiu três seminaristas no ministério de acólito a quem pediu para “desenvolver o amor e cuidado pelos mais frágeis”, e destacou que os “ministérios não estão entre si numa relação de superioridade ou inferioridade”.
“Os diferentes ministérios não estão entre si numa relação de superioridade ou inferioridade, mas sim de complementaridade na diversidade, e no serviço e acolhimento recíprocos”, disse D. Armando Esteves Domingues, lembrando que os cristãos irmanam numa “igualdade radical” pelo batismo, informa o portal ‘Igreja Açores’.
O bispo de Angra explicou que na Igreja “não bastam ministérios para a sua edificação interior”, são precisos ministérios para “a sua missão no mundo” em ordem a “permear de espírito evangélico as realidades do mundo e da sociedade”.
“Aproveitai este ministério para desenvolver o vosso amor e cuidado pelos mais frágeis como uma etapa do vosso discernimento. Não deixeis de visitar estas pessoas, de lhes levar o conforto da visita, da oração feita com eles e de lhes levar o Santíssimo Sacramento; O vosso serviço continuará no diaconato, mas não esperem até então para o exercitar: realizai-o com cuidado, conscientes de que é um grande ato de caridade.”
D. Armando Esteves Domingues instituiu três seminaristas – André Furtado, Leonel Fidalgo Vieira e Rui Pedro Soares – no ministério de acólito, este domingo, 30 de abril, Dia Mundial da Oração pelas Vocações na Igreja Católica, numa celebração no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Angra do Heroísmo.
“Será um passo na vossa caminhada como cristãos, quem sabe a caminho do Ministério Ordenado; Vivemos tempos de forte virtualização da vida. Oxalá este ministério não seja algo de virtual ou visto como mero degrau para algo que considerais maior, o ser padre. Servir é o grande Ministério, mostrai-o”, assinalou.
Neste contexto, o bispo de Angra incentivou que o ministério dos novos acólitos “seja também estímulo” para que muitos batizados queiram “aprofundar os seus conhecimentos e, por amor aos irmãos e às comunidades que servem, possam rapidamente vir a ser instituídos”.
“Quem dera que, dentro de pouco tempo, estivéssemos aqui a instituir novos ministros leigos, sobretudo para a coordenação de Leitores, Acólitos e catequistas”, acrescentou.
Segundo o bispo de Angra, é preciso quem “vivendo a palavra e sendo leitor”, assuma o ministério de ensinar a ler, meditar e proclamar a Palavra de Deus, também na liturgia: “De quem ame e se alimente da oração e sirva ao altar, mas ensine outros a fazer o mesmo, dê catequese e vá envolvendo mais novos para se enamorarem do Evangelho e o partilhem com outros, mais novos ou mais velhos”.
Os novos acólitos da Diocese de Angra são todos naturais de São Miguel – André Furtado, da Lagoa, Leonel Fidalgo Vieira e Rui Pedro Soares, das Furnas -, estudam no 6º ano do Seminário Episcopal de Angra.
Neste IV Domingo da Páscoa, a Igreja Católica celebrou o liturgicamente o Domingo do Bom Pastor e , este ano, o 60º Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Neste contexto, D. Armando Esteves Domingues realçou que o importante do chamamento vocacional é a abertura ao Espírito Santo, para que “de forma sempre nova” infunda “vigor na vontade, ardor no coração” para servir”, lê-se no sítio online ‘Igreja Açores’.
“Cada vida é uma história de amor de Deus connosco. Ele tem para todos um desígnio de amor, chamando a uma determinada condição de vida, para que seja, Nele e com Ele, uma forma de dar a vida em serviço aos irmãos.”
CB