Angra: Bispo incentivou os fiéis a revelar «o amor, a verdade e a bondade do reino de Deus»

D. João Lavrador presidiu a festa em Vila Franca do Campo

Vila Franca do Campo, São Miguel, Açores, 26 ago 2019 (Ecclesia) – O bispo de Angra pediu aos fiéis para que façam das vidas particulares “um laboratório onde o mundo possa ver o amor, a verdade e a bondade do reino de Deus”, nas festas em Vila Franca do Campo, ilha de São Miguel.

“Nós temos de ser mensageiros desta boa notícia e levar a este mundo que espezinha a dignidade humana, que descarta o outro, que lhe é indiferente e que está vazio. Temos de levar a verdade e o amor de Deus e convidar este mundo, em todas as suas organizações que pautem a sua vida pelo serviço e pela entrega de uns e outros em nome do bem comum”, disse D. João Lavrador, este domingo.

O sítio online diocesano ‘Igreja Açores’ informa que o bispo de Angra destacou a verdade da boa nova que constitui a palavra de Deus e a dimensão de serviço ao outro a que esta verdade obriga e “que é tão necessária nos dias de hoje”.

“Oferece-nos a oportunidade para uma renovação da ótica em que entendemos e se posicionam todos os serviços públicos. Mas também estamos diante daquelas que são as funções de todos nós na comunidade cristã, na Igreja e na sociedade”, desenvolveu.

Segundo D. João Lavrador, “tudo deve ser desprendimento, entrega ao outro, sempre focados no bem comum” e alertou que a dignidade do outro “prevalece” sobre os interesses pessoais de cada um.

“Quando Jesus diz o meu reino não é deste mundo Ele não está a alhear-nos do mundo está sim a trazer-nos para este mundo novos valores e novas formas de atuar que resultam da comunhão e do encontro com Deus”, salientou.

O bispo presidiu pela segunda vez às celebrações do Senhor Bom Jesus da Pedra, em Vila Franca do Campo, que este ano celebram “o 200.º aniversário da saída da primeira procissão”, e são a “maior festa de verão em São Miguel”, com “milhares de peregrinos”.

D. João Lavrador afirmou que o convite que o Senhor da Pedra é para que todos se deixem “interpelar pelo Senhor Jesus Cristo” e tenham “coragem de se aproximar Dele”, “apesar da fragilidade e do pecado e de tudo que possa fazer denegrir a dignidade”, que pressupõe o desafio “à conversão; à transformação e à renovação permanentes”.

“Estamos num tempo em que o ser humano parece que abdicou da busca da verdade ao seu redor, limitando-se ao mundo da tecnologia sem questionar onde é que ela pode levar ou sobre os conteúdos éticos morais que pode desencadear e finalmente a relação da própria tecnologia e a sua dignidade”, desenvolveu na homilia da Eucaristia, antes da procissão que percorreu as principais ruas de Vila Franca do Campo, a primeira capital da ilha de São Miguel.

As cerimónias em honra do Senhor Bom Jesus da Pedra realizam-se no último domingo de agosto, “pelo menos desde 1903”, data da autorização do Papa Leão XIII para que as festividades fossem reconhecidas, como está expresso num documento da Sagrada Congregação dos Ritos, que a Santa Casa guarda no seu arquivo, contextualiza ainda o sítio online ‘Igreja Açores’.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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