D. Armando Esteves Domingues explicou que, no novo ano pastoral, vão «questionar toda a gente com a pergunta: ‘Cristão, que dizes de ti próprio?’»

Angra do Heroísmo, Açores, 15 set 2025 (Ecclesia) – O bispo de Angra convocou todos os batizados para uma caminhada de fé e de “renovação espiritual e pastoral” de nove anos, até 2034, quando celebram os 500 anos da fundação da Diocese, este domingo, na festa da Serreta.
“Somos chamados a aprofundar a responsabilidade pessoal nascida do batismo, porta para a missão no seio da mãe Igreja”, disse D. Armando Esteves Domingues, no Santuário Diocesano da Serreta, em honra de Nossa Senhora dos Milagres, citado pelo portal ‘Igreja Açores’.
O bispo de Angra que confiou o projeto pastoral diocesano até 2034, a Nossa Senhora dos Milagres, explicou que estão todos convocados para a “equipa principal” dessa caminhada de fé: pais, catequistas, responsáveis paroquiais, movimentos, homens e mulheres de boa vontade, idosos e doentes.
“Maria vai connosco como primeira discípula. Ela lembra-nos que o estilo de Deus é a proximidade que gera unidade na Igreja e torna fértil o terreno da missão”, realçou, na última grande celebração de verão dos santuários diocesanos de Angra.
Segundo D. Armando Esteves Domingues, o objetivo é preparar uma Igreja “Profética, Santa, Misericordiosa e Missionária” para celebrar os 500 anos, em 2034, e afirmou que “o cuidado da Igreja não pode ser apenas espiritual, mas também cívico e social, para humanizar o mundo e não deixar ninguém acomodar-se”.
“Que esta festa seja já início de uma década de renovação espiritual e pastoral, onde cada resposta pessoal construa o rosto da Igreja que queremos celebrar nos quinhentos anos”, apontou, no santuário diocesano, na ilha Terceira.
O itinerário pastoral da Diocese de Angra, que vai ser desenvolvido em três triénios, é lançado no dia 5 de outubro, na ilha de Santa Maria, a “primeira” ilha açoriana “a ser descoberta em 1427”.
“Simbolicamente queremos voltar às origens, não as geográficas, mas a Jesus Cristo e ao seu Evangelho, para que, com humildade e criatividade, possamos encontrar caminhos de renovação”, explicou o bispo diocesano.
“No primeiro triénio olharemos ao anúncio da fé e, neste primeiro ano, vamos questionar toda a gente com a pergunta: ‘Cristão, que dizes de ti próprio?’. Maria, na escuta do Espírito Santo, mostra-nos que a proximidade é o estilo de Deus e ajudar-nos-á a vencer os impossíveis”, acrescentou D. Armando Esteves Domingues.
A festa da Serreta, em honra de Nossa Senhora dos Milagres, será a última grande celebração de verão em santuários diocesanos e volta a ser presidida pelo bispo de Angra, no dia 14 de setembro, pelas 16h0
O bispo de Angra presidiu novamente à festa da Serreta, em honra de Nossa Senhora dos Milagres, este domingo, dia 14 de setembro, e explicou que, como em Nazaré, também na Serreta há “uma esperança profética que fala de uma humanidade itinerante, pronta a renovar-se para revitalizar a Igreja diocesana”.
“Comece cada um, aqui diante de Maria, a interrogar-se sobre o que diz de si próprio a fé que vive e testemunha na sua família, na sua paróquia, na ilha e diocese e o que faz para a cultivar, além das orações e devoções particulares”, desenvolveu, citado pelo portal online ‘Igreja Açores’.
A Diocese de Angra informa que a festa de Nossa Senhora dos Milagres “é a mais importante festa de verão da ilha Terceira”, no Santuário Diocesano da Serreta, segundo os registos históricos tem origem no século XVII, e está ligada a “vários momentos difíceis da história do arquipélago e de Portugal”.
A primeira festa religiosa de Nossa Senhora dos Milagres teve lugar a 11 de Setembro de 1764 sob o patrocínio da Festa Litúrgica da Natividade (nascimento) de Nossa Senhora, que é celebrada a 8 de setembro, quando esse dia não coincide com o domingo, celebram no segundo domingo do mês.
CB/OC