Angra: Bispo afirmou que «o mundo continua a precisar de esperança como de pão para a boca», no encerramento do Ano Santo

D. Armando Esteves Domingues agradeceu ano que «foi especial na vida diocesana»

Foto: Igreja Açores/CR

Angra do Heroísmo, Açores, 29 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo de Angra presidiu ao encerramento diocesano do Ano Santo 2025, destacou que “o mundo continua a precisar de esperança”, a importância da família, e lembrou o “forte apelo à unidade” da sua Carta Pastoral ‘Batizados na esperança’.

“Passado um ano, vemos que o mundo continua a precisar de esperança como de pão para a boca. A missão de Jesus não terminou, nunca termina, é uma peregrinação que continuará em aberto, sempre até ao Banquete Eterno”, disse D. Armando Esteves Domingues, este domingo, na Missa que presidiu na Sé, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.

O Ano Santo 2025 foi convocado pelo Papa Francisco através da bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não engana), o bispo de Angra recordou que o pontífice propôs “um tempo de misericórdia, perdão e renovação”, pediu um “compromisso social para acabar com a fome, a pobreza e a injustiça”, e convidou a ser ‘Igreja Samaritana’, “para construir um mundo mais fraterno, em Cristo Ressuscitado”.

D. Armando Esteves Domingues observou que durante este Ano Santo, “muitos cristãos peregrinaram” à catedral de Angra e às Igrejas Jubilares nas diversas ilhas do Arquipélago dos Açores, e alguns conseguiram organizar-se e “viver com o Papa em Roma os programas jubilares”, como os jovens, catequistas, pobres, famílias, seminaristas, padres, equipa sinodal, e deixou “um agradecimento” à equipa diocesana do Jubileu “algumas atividades especiais”.

“Quero agradecer a Deus este ano que foi especial na vida diocesana. Foram aprovadas as linhas para o Projeto Pastoral até 2034. Este ano enche-nos de esperança pelo trabalho desenvolvido pela Equipa de Coordenação Pastoral e a da Formação Diocesana em unidade com os diversos órgãos sinodais da diocese”, desenvolveu.

Foto: Igreja Açores/CR

O bispo lembrou que a sua primeira Carta Pastoral, intitulada ‘Batizados na esperança’, “há um forte apelo à unidade” e à vivência de “uma espiritualidade de comunhão, capaz de relações fraternas, de escuta respeitosa e de decisões partilhadas”.

A celebração de encerramento do Ano Santo da Esperança, este domingo nas dioceses católicas de todo o mundo, coincidiu com a Festa da Sagrada Família, no calendário litúrgico da Igreja Católica, e D. Armando Esteves Domingues saudou todas as famílias, lembrando que são “indispensáveis na sociedade e na Igreja”.

O Evangelho fala-nos de uma família em fuga, precária, mas fortemente desejada e amada por Deus. Não eram uns pais que queriam um filho, Deus é que precisou de um pai e uma mãe para que nascesse o Seu Filho; Deus quis o masculino e o feminino, para que o seu Filho crescesse dentro de uma tensão fecunda: ternura e limite, sonho e esforço, cuidado e responsabilidade. Lembremos as famílias com outros projetos, as famílias onde há violência doméstica, não há diálogo nem união. Peçamos pelas que são vítimas das guerras.”

O bispo de Angra partilhou que deste Natal, “entre muitas recordações”, gravou a alegria de um jovem que lhe pediu que “benzesse o anel de noivado” que ia oferecer à noiva na noite de Consoada, no dia seguinte, constatou que “tinha dito ‘sim’, porque lhe mostrou o anel, que beijou, “sinal de um amor belo e santo de jovens cheios de esperança no futuro”.

“Bela imagem da Igreja que queremos ser: uma Igreja que sonha ser família”, acrescentou D. Armando Esteves Domingues, que recordou a Mensagem de Natal 2025, onde dirigiu-se “especialmente aos casais jovens e com filhos para educar”, pede que tenham “as condições materiais e espirituais para guardar sempre o brilho da esperança nos olhos” e que eduquem “para erradicar tiranos como Herodes e todos os outros de hoje”.

A Igreja é família para que a humanidade se torne uma única família! Este é o projeto de Deus desde que Jesus Cristo encarnou.”

Participaram nesta Missa sete casais de sete ouvidorias: Angra, Praia, Capelas, Vila Franca, Santa Maria, Fenais da Vera Cruz e Nordeste.

CB/OC

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