Angra: Bispo afirmou que «é urgente a reconstrução da sociedade»

D. João Lavrador incentivou a uma nova humanidade «assente na verdade, na justiça, na paz, na liberdade, no bem e no amor»

Foto Igreja Açores

Horta, Faial, Açores, 31 mai 2021 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirmou que “é urgente a reconstrução da sociedade”, “mais humana” e com “laços de fraternidade”, pós-pandemia Covid-19, na festa da inauguração da sacristia da igreja do Capelo (Faial), atingida por incêndio em janeiro de 2020.

“Tal como aconteceu com este templo, também a nossa sociedade está a ser fustigada pela pandemia do Covid-19 que fez desabar todos os seus projetos”, assinalou D. João Lavrador, este domingo, informa o portal ‘Igreja Açores’.

O bispo de Angra afirmou que “é urgente a reconstrução da sociedade” que merece ser “mais humana e com laços de fraternidade” entre todos os homens e pediu a capacidade de edificar “uma nova humanidade assente na verdade, na justiça, na paz, na liberdade, no bem e no amor”.

D. João Lavrador afirmou que o futuro “só poderá ser construído com Deus”: “Fundamentado na experiência do Seu amor, que nos impulsiona ao amor fraterno à partilha”.

“Nos tempos de desolação, dá a impressão de que estamos abandonados e as forças como que nos faltam e surge a sensação de resignação. Não é isso que acontece hoje, aqui, nem é isso que o Senhor Jesus Cristo quer de nós. Muito pelo contrário, quando Ele nos afirma «Eu estarei convosco até dos tempos» está a marcar a Sua presença permanente comungando de todos os sentimentos dos seus irmãos, quer de tristeza, quer de alegria”, desenvolveu.

O bispo de Angra presidiu à Missa de reabertura da igreja do Capelo, na ilha do Faial, após os danos estruturais na sacristia e no teto da capela-mor provocados pelo incêndio que deflagrou na noite de 4 de janeiro de 2020; A obra, que rondou os 100 mil euros, que contou com a ajuda do Governo Regional dos Açores e da população.

Foto: Igreja Açores

“Esta celebração oferece-nos igualmente a oportunidade de manifestarmos a nossa alegria pela recuperação deste templo atingido por um trágico incêndio o qual após algum tempo de elevado esforço dos residentes, dos seus filhos na diáspora, da partilha diocesana e dos poderes públicos, se apresenta de novo para acolher todos os fiéis que nele se sentem mais comunidade e nele celebram a sua fé em Jesus Cristo e se alimentam da Sua Palavra e dos Seus sacramentos”, referiu D. João Lavrador.

No domingo da solenidade da Santíssima Trindade, o bispo de Angra incentivou a ir ao encontro de “toda e qualquer pessoa” com o único objetivo de fazer discípulos.

“Ser discípulo é viver em comunidade cristã e nela ser membro ativo na partilha de dons e na tarefa evangelizadora que lhe cabe”, acrescentou, assinalando a necessidade de “comunhão eclesial”, “unidade”, “corresponsabilidade” e “missão evangelizadora”.

O sítio online ‘Igreja Açores’ informa que a igreja de Santa Ana é um templo edificado no século XVII, mais propriamente em 1680 e substituiu um mais antigo, datado de 1600, destruído na crise vulcânica de 1672; A erupção do Vulcão dos Capelinhos, em 1957, também causou danos na igreja do Capelo.

CB

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Agência ECCLESIA

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