Padre Raimundo Bulcão e a Irmandade do Senhor dos Passos da Ribeira Grande foram distinguidos com a insígnia de mérito cívico
Angra do Heroísmo, Açores, 21 mai 2024 (Ecclesia) – O padre Raimundo Bulcão e a Irmandade do Senhor dos Passos da Ribeira Grande foram distinguidos com a insígnia de mérito cívico, no dia da Região Autónoma dos Açores, na segunda-feira depois do Pentecostes.
“Não há ilha dos Açores que não assinale o Espírito Santo, que desde 1980 passou a ser também o ‘patrono’ dos Açores. O Dia da Região é assinalado na segunda-feira de Pentecostes”, informa o portal online ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra.
Instituído pelo parlamento açoriano em 1980 (Decreto Regional n.º 13/80/A, de 21 de agosto), o ‘Dia dos Açores’ celebra a autonomia política e administrativa da região, esta data, feriado regional, é comemorada na segunda-feira do Espírito Santo, após a Solenidade de Pentecostes, que a Igreja Católica celebrou, neste ano de 2024, a 19 de maio.
As insígnias honoríficas açorianas entregues na sede do parlamento, no ‘Dia da Região’, “visam distinguir, em vida ou a título póstumo, os cidadãos e as pessoas coletivas que se notabilizarem por méritos pessoais ou institucionais, atos, feitos cívicos ou por serviços prestados à região”, segundo o respetivo Decreto Legislativo Regional, aprovado em 2002.
Este ano, o padre Raimundo Bulcão e a Irmandade do Senhor dos Passos da Ribeira Grande foram distinguidos com a insígnia de mérito cívico, atribuída a 31 personalidades/instituições no Dia da Região Autónoma dos Açores.
O padre Raimundo Bulcão é um dos dois padres mais idosos da Diocese de Angra, natural da ilha do Faial, foi ordenado sacerdote, no dia 21 de abril de 1957, na Sé de Angra.
Sacerdote há 67 anos, o padre Raimundo Bulcão paroquiou na Conceição de Angra e em Santo Amaro, na ilha de São Jorge, esteve durante 29 anos na Vila da Madalena, no Pico, onde chegou em outubro de 1967; em 1996, foi para a ilha do Faial, a sua terra natal, para as Paróquias da Conceição, Praia do Almoxarife, e, posteriormente, nos Flamengos.
O portal online ‘Igreja Açores’ informa também que a Irmandade do Senhor dos Passos, criada em 1849, e composta por cerca de 150 irmãos, é a promotora de uma das festas mais importantes no tempo da Quaresma, na ilha de São Miguel, a Procissão Senhor dos Passos.
Depois da Sessão Solene, na sede da Assembleia Legislativa dos Açores, na cidade da Horta, na ilha do Faial, as comemorações do Dia da Região continuaram com o almoço das sopas em honra do Divino Espírito Santo, servidas no Polivalente de Pedro Miguel e na Casa do Espírito Santo.
A Diocese de Angra destaca que o culto ao Divino Espírito Santo é “uma das marcas da religiosidade popular açoriana”, na ilha Terceira, está documentado desde 1492, quando faziam o Império e se distribuía o bodo, no dia de Pentecostes, à porta de uma capela do hospital do Espírito Santo, e, “mesmo nos tempos de maior dificuldade, e de oposição da hierarquia, o culto nunca deixou de ser celebrado nos Açores”.
O sítio online ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, informa que nas nove ilhas do Arquipélago dos Açores, este sábado e domingo, dias 25 e 26 de maio, e no próximo fim de semana, dias 1 e 2 de junho, entre os Domingos de Pentecostes e da Santíssima Trindade, “todos os caminhos vão dar a uma coroação”.
“A devoção à Terceira pessoa da Santíssima Trindade fica ao rubro, com inúmeros impérios a serem ‘levantados’, no grupo central e os dias de bodo, na ilha Terceira, a serem assinalados; desde o segundo Domingo da Páscoa, designado liturgicamente como Domingo da Divina Misericórdia, que arrancaram as festas do Divino Espírito Santo nos Açores, com as insígnias – coroa e bandeira – a percorrer as casas das famílias, durante uma semana, em que se reza o Terço, (nalguns sítios cantado) e se faz festa”, desenvolve.
À volta dos Impérios desenvolvem-se durante vários dias as festividades do Espírito Santo, imbuídas de um ideal caritativo e compostas por um conjunto de cerimónias religiosas e profanas: a “coroação” do Imperador Menino, o desfile de cortejos e o bodo de pão e de carne.
CB/OC
O bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, encontra-se no Vaticano,para participar na ‘Visita ad Limina’ dos bispos portugueses, com encontros de trabalho junto da Cúria Romana e com o Papa Francisco.
“Parto para aquela que se chama ‘Visita ad Limina’ ou ‘Visita ad Limina Apostolorum’, uma expressão latina que significa ‘visita à entrada [dos túmulos] dos Apóstolos. Juntamente com o relatório sobre a diocese, levo muita esperança, mas, sobretudo, levo no coração todos os homens e mulheres dos Açores”, disse D. Armando Esteves Domingues, antes de viajar para a visita que começou esta segunda-feira. O bispo de Angra, que leva “muita esperança”, explicou que o relatório foi feito “com a ajuda” de responsáveis dos diversos setores da pastoral diocesana, padres e leigos: “Foi oportunidade para olharemos o que temos e rezarmos ao Espírito Santo para que nos mostre o que devemos ser”. “Prometo por todos rezar diante dos túmulos dos Apóstolos e a todos representar nesta peregrinação que visa reforçar a unidade e a comunhão da nossa Igreja particular com a Cabeça da Igreja Universal, o Papa Francisco; consciente da minha pequenez, peço humildemente a oração de todos”, acrescentou, divulga o sítio na internet ‘Igreja Açores’. O 40 º bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, na Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) é o presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, por isso, para além do relatório diocesano, também tem uma reunião no Dicastério para a Evangelização – 2.ª Secção, Primeira evangelização -, o responsável é o pró-prefeito D. Luís António Tagle, cardeal filipino; segundo o programa da ‘Visita ad Limina’, publicado pela CEP, este encontro decorre esta quinta-feira, dia 23 de maio, a partir das 11h45 locais (menos uma hora em Lisboa. |