Luanda, 02 fev 2015 (Ecclesia) – Os participantes da quinta Semana Social Nacional de Angola realizadas com o tema ‘Igualdade de Oportunidades’ pediram mais oportunidades que fomentam a cidadania no país lusófono.
“Só uma maior igualdade no acesso efetivo às oportunidades poderá possibilitar um crescimento equilibrado e sustentável de Angola”, destaca o comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
Os participantes explicam que é “importante” fazer um diagnóstico social “participativo, sério e profundo” para identificarem as preocupações e necessidades das comunidades e quais as suas propostas para “superar as dificuldades”.
Nesse sentido, consideraram ser preciso, pela “situação atual” em Angola, “um grande e contínuo” investimento no capital humano uma vez que as pessoas são “a maior riqueza” do país.
Este processo de desenvolvimento humano foi identificado como “essencial” para a “diversificação” da economia nacional e “maior democracia económica”.
Com o tema ‘Igualdade de Oportunidades’ também debateram a igualdade de género e os participantes concluíram que mesmo assegurada pela Constituição esta “ainda não é uma realidade”.
“É um fator de justiça social e é importante reconhecer que as mulheres angolanas têm capacidade para contribuir no desenvolvimento harmonioso do país”, observam.
Na quinta Semana Social, a informação foi tema de análise e concluíram que as “enormes desigualdades” no acesso à informação são “um sério obstáculo” ao desenvolvimento de Angola uma vez esta é “vital” para que os cidadãos “melhorarem as suas condições de vida” e a poderem “exercer a sua cidadania”.
“As disfuncionalidades no sistema educativo angolano comprometem grandemente o presente e o futuro do país”, acrescentam, denunciando ainda a “falta de qualidade” do processo educativo.
Desta forma, apresentam-se 19 recomendações que abrangem todos os setores da sociedade, desde a Igreja, as entidades públicas e privadas e ao Estado, para este promova “políticas públicas eficientes” que beneficiem a todos.
Nesta área, os participantes pediram por exemplo políticas de combate à pobreza com “maior atenção às pessoas mais vulneráveis” onde seja garantindo uma “cesta básica” a quem vive “situações de fome e desnutrição”.
Sobre a Lei de Imprensa assinalou-se a necessidade da sua “alteração” para que outros meios de comunicação social possam ter uma abrangência nacional, “nomeadamente a Rádio Ecclesia”, ou que esta facilite a concessão de licenças de “rádios comunitárias e outros meios” para maior pluralidade e até transmissões nas “línguas que os cidadãos realmente compreendem”.
Os participantes da quinta Semana Social de Angola refletiram e debateram o tema da “Igualdade de oportunidades” entre 27 a 31 de janeiro, no ICRA-Educadores sociais, em Luanda.
CB