Até 31 de julho, mais de 600 jovens angolanos candidataram-se a participar na JMJ Lisboa 2023
(Tiago Azevedo Mendes, envido especial da Agência Ecclesia a Luanda)
Luanda, 18 ago 2021 (Ecclesia) – O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, da Conferência Episcopal Portuguesa, esteve em Luanda nos últimos dis da peregrinação dos símbolos da JMJ e disse à Agência ECCLESIA que a juventude angola viveu um acontecimento inédito.
“O jovem angolano vibra e senti isso na forma e no modo como estavam juntos dos símbolos. Tive oportunidade de ouvir muitos dizer ‘nunca estive tão próximo dos símbolos’ e isso tem-se mostrado muito na manifestação das pessoas, não é só no tirar a fotografia, é mais do que isso, momentos que vi mais velhos e jovens a rezar diante dos símbolos da jornada”, afirmou o padre Filipe Diniz.
Durante 40 dias, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora “Salus Populi Romani” peregrinaram pelas dioceses angolanas, desde o dia 8 de julho e até ao dia 17 de agosto.
A peregrinação dos símbolos da JMJ terminou com a Missa de envio, na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Luanda, presidida por D. Belmiro Chissengueti, bispo de Cabinda e presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Vocações, Pastoral Universitária e Escutismo da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).
Para o padre Filipe Diniz, o povo angolano não fica indiferente à juventude angolana na vivência de um “acontecimento tão importante”, que se reflete na “transformação de pastoral juvenil” por onde passaram os símbolos, o que é uma “grande fonte e enriquecimento para a Igreja em Angola e a Igreja Universal”.
“Continuem a ser jovens”, incentiva o sacerdote português, da Diocese de Coimbra, assinalando que a juventude é uma fase bonita da vida, “de descoberta, de atrevimento”, uma fase em que se deposita “muita confiança no irmão mais velho, que quando é testemunha o jovem segue, o jovem acredita”.
“Que sejam portadores do que acreditam para aqueles que hão de vir. Quando o jovem acredita verdadeiramente e tem fé em Jesus Cristo que seja mensageiro, seja testemunha dele e leve o Evangelho àquele que necessita”, acrescentou.
Para o diretor do Departamento da Pastoral Juvenil de Portugal foi “bom sentir este pulsar, esta vontade” dos jovens angolanos quererem ir à JMJ Lisboa 2023 e espera “uma boa multidão” de Angola que tem história na presença das Jornadas Mundiais da Juventude.
De acordo com uma informação publicada no portal da internet da JMJ Lisboa 2023, até ao dia 31 de julho, mais de 600 jovens angolanos candidataram-se a participar na jornada que vai decorrer em Portugal.
A CEAST pede que as candidaturas angolanas à participação na JMJ Lisboa 2023 sejam tratadas no Secretariado Nacional da Juventude e na Coordenação Nacional dos Escuteiros Católicos.
Os símbolos da JMJ iniciam a peregrinação nas dioceses polacas no dia 21 de agosto e, no dia 5 de setembro, em Espanha; depois, a partir de novembro, vão peregrinar nas dioceses de Portugal.
TAM/CB/PR