Angola: 40 anos depois da independência continua a faltar uma «reconciliação verdadeira»

Diz Igreja Católica local

Cidade do Vaticano, 04 nov 2015 (Ecclesia) – Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé assinalaram os 40 anos da independência angolana apelando a uma “reconciliação verdadeira” das populações.

Em declarações reproduzidas pela Rádio Vaticano, o bispo emérito do Uíge, D. Francisco de Mata Mourisca, lembrou a guerra civil que veio a seguir à independência de Angola, um conflito de “27 anos” que deixou “dolorosas feridas, sobretudo psicológicas, que não se curam num dia”.

Apesar do país viver atualmente um período de “13 anos de paz efetiva”, ainda subsistem muitas situações que desafiam a Igreja Católica angolana à missão.

“Por exemplo no combate à corrupção, a todos os males da sociedade, os católicos onde estão? São coniventes destes males ou não?”, questionou o bispo do Dundo, D. Estanislau Chindekasse.

Para aquele responsável católico, o sentido da fé tem de passar não só pela procura da reconciliação nacional, mas também pela luta contra todo e qualquer tipo de injustiça ou desigualdade social.

Já o arcebispo emérito do Huambo, frisou a importância de todas as pessoas se unirem “como família angolana” e apostarem “na defesa da vida” num país com grande potencial mas que está cada vez mais “despovoado”.

“Unamo-nos todos, não aceitemos nenhuma intriga que nos divida para destruir o país”, apelou o prelado.

JCP

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top