Urgell, Espanha, 05 jun 2013 (Ecclesia) – O bispo de Urgell e copríncipe de Andorra, D. Joan Enric Vives, afirmou hoje que os mais de 10 mil portugueses presentes no principado formam uma “comunidade jovem e empreendedora”
“É uma comunidade trabalhadora, que veio em busca de trabalho, para melhorar a sua vida e encontrar oportunidades, em particular para as crianças”, referiu o prelado, em declarações à Agência ECCLESIA.
D. Joan Enric Vives disse que a comunidade lusa pediu a sua “mediação” por causa das representações diplomáticas nos dois países.
“Lamentamos que se tenha tido de encerrar, certamente por motivos económicos, a Embaixada de Portugal em Andorra, mas isso não foi obstáculo para que os dois Governos procurassem soluções”, mantendo consulados.
O bispo diz que as paróquias do principado têm “muitos portugueses”, os quais procuram superar a “dificuldade” que o catalão representa, sobretudo para os mais velhos, bem como o facto de os dias de trabalho se alargarem, muitas vezes, aos sábados e domingos.
“É algo difícil que a família tenha festa no mesmo dia, mas vejo os portugueses com vontade de manter a sua fé, é uma comunidade muito fervorosa, com grande devoção à Senhora de Fátima”, relata.
Custódia do Céu, natural de Arcos de Valdevez, vive no principado há mais de 20 anos e não pensa num regresso a Portugal, porque tem a vida “estabilizada” no principado.
“Para viver está muito difícil”, confessa.
Ana Neto, da Mealhada, está em Andorra há 13 anos e admite que a situação ali está agora “mais difícil”, sobretudo para quem chega de Portugal.
D. Joan Enric Vives espera que seja possível que a Conferência Episcopal Portuguesa destine um sacerdote para a comunidade emigrante em Andorra, de forma fixa, numa capelania e colaborando noutras atividades.
“Estamos muito gratos à comunidade portuguesa”, confessa.
PR/OC