«Amoris Laetitia»: «É totalmente oportuno voltar a esta exortação» – Regiani e Tiago Líbano Monteiro (c/vídeo)

Responsáveis pelas Pastoral Familiar em Lisboa falam da receção do documento dedicado às famílias

 

Lisboa, 15 mar 2021 (Ecclesia) – Os responsáveis pelo Departamento de Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa destacam que a exortação do Papa ‘Amoris Laetitia’ (A Alegria do Amor) “foi um documento muito importante” e agora é “sedimentar”, num ano especial que começa sexta-feira.

“Veio dar um novo alento e veio dar uma importância a um conjunto alargado de temas muito importantes para a família e recentrar o tema da família que foi fundamental”, disse hoje Tiago Líbano Monteiro, no programa ECCLESIA, na RTP2.

A 27 de dezembro de 2020, dia em que a Igreja Católica celebrou a festa litúrgica da Sagrada Família, o Papa anunciou o ano especial ‘Família Amoris Laetitiae’ que vai começar esta sexta-feira, 19 de março, assinalando o 5.º aniversário da exortação ‘A Alegria do Amor’.

Regiani Líbano Monteiro explica nos primeiros anos sentiram que existiu uma “mexida muito grande” na Pastoral da Família com a exortação que, agora, é “sedimentar”.

“Mudaram várias coisas mas uma coisa é pensar como é que vamos mudar e outra coisa é vermos no terreno as coisas a mudar. É totalmente oportuno voltar a esta exortação, voltar ao tema, por que é um caminho que se tem que fazer”, desenvolveu Tiago Líbano Monteiro.

Neste contexto, acrescenta que têm que sentir que isso muda suas “as vidas” e na Igreja, nas paróquias, nos movimentos, “é preciso que depois mude, é um caminho”.

O Papa Francisco publicou a 8 de abril de 2016 a sua exortação apostólica sobre a Família, ‘Amoris laetitia’ (A Alegria do Amor), uma reflexão com nove capítulos, mais de 300 pontos, que recolhe as propostas de duas assembleias do Sínodo dos Bispos (2014 e 2015) e dos inquéritos aos católicos de todo o mundo.

Segundo Regiani Líbano Monteiro, sentiram “uma grande lufada de ar fresco” pela Igreja Católica querer ouvir o que as famílias tinham para dizer e que participassem “dessa discussão”.

Neste contexto, assinala que o trabalho iniciado na resposta aos questionários continuou quando foi publicado o documento, “entusiasmados com isso, a viver, a saborear a exortação”.

Foto D.R

O casal responsável pelo Departamento de Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa recorda que há cinco anos ainda não estava neste departamento mas acompanharam “bastante esta fase”, o pré-sínodo, o Sínodo da Família e a exortação do Papa Francisco.

Tiago Líbano Monteiro salienta que “foi um documento muito importante” e adianta que na sua Equipa de Casais de Nossa Senhora estudaram a ‘Amoris Laetitia’, “dividida por capítulos”, durante um ano.

No último ano, a pandemia Covid-19 afetou o trabalho da Pastoral Familiar, como toda a sociedade, e Regiani Líbano Monteiro destaca que as plataformas online e as diversas ferramentas na internet foram “uma mais-valia muito grande”, por exemplo, os webinars (conferência online com intuito educacional) sobre “educação”, ou o o ‘terço em família’ no início de fevereiro deste ano.

“Sentimos uma resposta muito grande das pessoas, houve uma adesão muito grande, há um cansaço do online mas ao mesmo tempo uma necessidade”, acrescentou.

Tiago Líbano Monteiro acrescenta que “nada substitui a relação pessoal, e isso sente-se”, mas tiveram “milhares de pessoas a assistir” aos webinars e ao Terço também, quando num evento em algum sítio não conseguiriam “tanta gente”.

HM/CB

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Agência ECCLESIA

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