Francisco vai visitar Equador, Bolívia e Paraguai de 5 a 13 de julho
Cidade do Vaticano, 03 jul 2015 (Ecclesia) – O secretário de Estado do Vaticano projetou a viagem do Papa Francisco ao Equador, Bolívia e Paraguai e sublinhou o papel da América Latina na política internacional e na Igreja.
“A Igreja escolheu o caminho da conversão pastoral, da missionariedade, do compromisso missionário. E pode tornar-se paradigmática para muitas outras partes do mundo, mesmo em formas que não são aceitáveis com o mundo ocidental“, analisou o cardeal Pietro Parolin, que identificou com novos cenários “que levam também a uma secularização da sociedade latino-americana”.
Neste contexto, o antigo núncio apostólico na Venezuela identificou “um continente em movimento” onde são visíveis “transformações a todos os níveis”, nomeadamente: “cultural, económico e político”.
Para o secretário de Estado do Vaticano, a América Latina gozou durante os “últimos decénios” de uma fase muito positiva que permitiu que “as pessoas emergissem da pobreza extrema, emancipassem-se da miséria” e progressivamente passassem para a classe média.
O prelado destacou “acentuados fenómenos de urbanização”, que originaram as “megalópoles” [várias áreas metropolitanas interligadas] da América Latina, e outros fenómenos “ligados à globalização, que se sente de modo evidente também nesta parte do mundo”, assinalou em entrevista publicada no jornal do Vaticano, 'L'Osservatore Romano'.
No âmbito político, o cardeal Pietro Parolin comparou a América Latina a “um laboratório” onde se estão a “experimentar novos modelos de participação e formas mais representativas” para dar “voz” a camadas de população que “não foram ouvidas o suficiente”.
“Trata-se da busca de um próprio caminho para a democracia que tenha em consideração as peculiaridades daqueles países; que saiba conjugar a participação de todos com as liberdades fundamentais e com o respeito dos direitos humanos”, desenvolveu.
Sobre a viagem de nove dias do Papa ao Equador, Bolívia e Paraguai – entre 5 e 13 de julho – o prelado destacou que os principais temas passam pela salvaguarda das paisagens naturais da América Latina à busca de uma paz e de uma justiça social que respeitem os direitos de todos, sobretudo os mais pobres; do reconhecimento da dignidade de cada pessoa, ao respeito da identidade cultural de cada país contra a tendência da globalização a uniformizar tudo.
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