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Viagem é vista como introdução ao Sínodo especial para a Amazónia, de 2019
Lisboa, 13 jan 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai iniciar esta segunda-feira uma visita de sete dias ao Chile e Peru, na qual se vai encontrar com representantes de comunidades indígenas locais e de outros países da América Latina.
Para os responsáveis católicos na região, a viagem pontifícia é “fundamental” para a preparação do Sínodo especial para a região pan-amazónica convocado pelo pontífice para outubro de 2019.
“O povo indígena amazónico tem um clamor, uma reivindicação: as suas terras ancestrais estão a ser cada vez mais invadidas. Os seus territórios naturais, dos seus antepassados, são cada vez mais reduzidos”, afirmou o porta-voz do Vicariato Apostólico de Puerto Maldonado (Peru) para a visita papal, padre Manuel Jesús Romero, citado pelo portal de notícias do Vaticano.
Segundo o sacerdote, as vidas destes indígenas “correm perigo”.
Puerto Maldonado, que vai receber o Papa a 19 de janeiro, é a capital da região Madre de Dios, no Peru, e abriga cerca de 38 mil habitantes; Francisco vai almoçar ali com representantes dos povos nativos de vários países da região.
O presidente da Comissão Episcopal para a Amazónia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Cláudio Hummes, cardeal Cláudio Hummes, vai marcar presença como fundador e presidente da REPAM – a rede eclesial que reúne ordens, congregações, movimentos e realidades ativas nos nove países com área amazónica: Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Brasil.
“Queremos levar o maior número possível de indígenas para o encontro, no dia 19, porque é importante que o Papa não se encontre apenas com um pequeno grupo, uma comissão, mas com uma grande representação”, refere o cardeal brasileiro.
Também no Chile, o Papa vai almoçar com um pequeno grupo de representantes das populações indígenas, “historicamente perseguidas, discriminadas, empobrecidas e privadas dos seus direitos”, assinala o portal de notícias do Vaticano.
Francisco pediu para reunir-se em Temuco, no Chile, “com pessoas comuns e representantes da comunidade de Araucanía”, terra historicamente reivindicada pelos mapuches.
O Sínodo especial de 2019 está a ser preparado, online, com a ajuda do projeto ‘Voz da Amazónia’, que visa dar a conhecer “as lutas e desafios” dos povos da floresta.
OC
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