Cidade do Vaticano, 07 mai 2018 (Ecclesia) – A Igreja Católica lançou hoje um plano de ajuda para apoiar os “milhares” de imigrantes da Venezuela que abandonaram o país devido à crise e o programa-piloto pretende “acolher, proteger e integrar” na América do Sul.
O plano ‘Pontes de Solidariedade’ inclui a criação de centros de serviços e abrigos para imigrantes vulneráveis, assistência na habitação, na procura de emprego e inclusão social, bem como ajudar no acesso à educação e serviços de saúde e campanhas de consciencialização.
“Para que o fluxo migratório de venezuelanos encontre na Igreja apoio para poder mover-se, informações sobre como deslocarem-se, sobre oportunidade migratórias, de trabalho, sítios onde dormir, onde há comida quente”, explicou o responsável mundial da Companhia de Jesus (Jesuítas), padre Arturo Sosa.
O sacerdote venezuelano contextualiza que o projeto nasce de uma reunião da Secção dos Migrantes de conferências episcopais da América Latina que partilharam a situação que vivem em cada país e em todos “aparece a presença de muitos migrantes venezuelanos em grande necessidade”.
‘Pontes de Solidariedade’ junta oito conferências episcopais católicas da América do Sul – Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Bolívia, Paraguai e Argentina – que querem ajudar os venezuelanos que tiveram de sair do país devido à crise mas também as comunidades locais que os recebem.
“Nasce da possibilidade de apoiarem-se mutuamente as conferências episcopais para apoiarem o fluxo migratório”, sublinha o também antigo reitor de la Universidade Católica de Táchira.
Os agentes pastorais nos diversos países vão cuidar de todas as etapas, desde a partida à chegada a outras nações e também do possível regresso à Venezuela.
“O que se quer é que o migrante não fique abandonado, não se sinta só”, refere padre Arturo Sosa, ao sítio na internet ‘Vatican News’, sobre o plano que conta com um fundo de 400 000 euros.
O responsável mundial dos Jesuítas considera que as migrações interpelam a “existência como cristãos” e observa que o ser humano “não está limitado a uma raça ou a uma cultura” e enriquece-se quando há um “intercâmbio realmente humano”.
‘Pontes de Solidariedade – plano pastoral integrado para ajudar os migrantes venezuelanos na América do Sul’ foi apresentado hoje pelos diretores da secção migrantes e refugiados, do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé, no Vaticano.
CB