América 2015: Papa lembra vítimas do aborto e imigrantes que morrem afogados

Francisco sublinha responsabilidade moral dos Estados Unidos da América no plano global

Washington, 23 set 2015 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje nos Estados Unidos da América (EUA) as vítimas do aborto e os imigrantes que morrem afogados, durante um discurso aos bispos católicos norte-americanos, ao falar sobre os “problemas desafiadores” da atualidade.

“A vítima inocente do aborto, as crianças que morrem de fome ou debaixo das bombas, os imigrantes que acabam afogados em busca dum amanhã, as pessoas idosas ou os doentes que olhamos sem interesse, as vítimas do terrorismo, das guerras, da violência e do narcotráfico, o meio ambiente devastado por uma relação predatória do homem com a natureza… em tudo isto está sempre em jogo o dom de Deus, do qual somos administradores nobres mas não patrões”, declarou, numa intervenção de cerca de meia hora, em italiano.

Segundo o Papa, perante esta situações não “fugir ou silenciar” os problemas.

“Estes aspetos irrenunciáveis da missão da Igreja pertencem ao núcleo daquilo que nos foi transmitido pelo Senhor”, explicou.

Francisco recordou a realização do 8.º Encontro Mundial das Famílias, a decorrer em Filadélfia, que vai encerrar no sábado e domingo, com o objetivo de anunciar “o Evangelho da família”.

O Papa desejou que os bispos católicos consigam conquistar espaço no coração das pessoas e na consciência da sociedade para proclamar os valores cristãos num país de “vastíssimos recursos materiais e espirituais, culturais e políticos, históricos e humanos, científicos e tecnológicos”.

Os Estados Unidos, acrescentou, têm “consideráveis responsabilidades morais num mundo transtornado que a custo procura novos equilíbrios de paz, prosperidade e integração”.

“Para isso, é muito importante que a Igreja nos Estados Unidos seja também um lar humilde que atrai os homens pelo fascínio da luz e o calor do amor”, defendeu.

No final do encontro, o Papa cumprimento pessoalmente os cardeais presentes, os membros do Conselho Permanente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos e alguns dos seus dirigentes, para além de benfeitores e colaboradores da catedral.

Os bispos ofereceram a Francisco um donativo financeiro, para as suas obras de caridade.

OC

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Agência ECCLESIA

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