Ambiente: Parque «Laudato Si», em Lisboa, convida a «experiência imersa na criação»

Frei Hermínio Araújo, sacerdote franciscano, revela espaço necessário para um tempo de «autocuidado»

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Lisboa, 11 nov 2022 (Ecclesia) – Frei Hermínio Araújo, sacerdote franciscano, falou à Agência ECCLESIA do parque ‘Laudato Si’, em Lisboa, um “espaço” para viver umas horas de “autocuidado” numa “experiência imersa na criação”.

“O parque franciscano Laudato Si, no Largo da Luz, em Lisboa, é um espaço que já existia, há muitas décadas, mas foi reorganizado para permitir aos visitantes, em grupo ou individualmente, ir lá viver nesse parque durante umas horas, numa experiência imersa na criação como São Francisco dizia”, explica o religioso.

O parque foi recentemente inaugurado e o sacerdote franciscano indica que o espaço convida ao “silêncio e á sintonia naquela realidade”.

“É uma realidade natural mas com esta ligação dos seres ao Criador, árvores, vento, pássaros, água, flores, é uma área suficiente para mesmo em grupo poderem estar em silêncio e poderem estar em sintonia”, acrescenta.

Com “materiais disponíveis” para uma atividade diferente e com a “ajuda das novas tecnologias” o frei Hermínio Araújo refere que pode ser um momento de “paragem na rotina dos dias” e de autocuidado. 

“Simplesmente cada um pode trazer a sua sensibilidade e estar ali, na natureza, estes parque são tão importantes porque permite-nos sair de nós próprios, isso faz-nos falta como o pão para a boca, é o alimento para sintonizar com o mundo, além das preocupações do dia a dia, todos precisamos de tempo para nós, o autocuidado de ir ao encontro de nós próprios, para depois ir ao encontro dos outros e de Deus”, afirma. 

Frei Hermínio Araújo constata ainda que estes parques são necessários para que as pessoas “criem espaços de sensibilização para aprofundar a realidade espiritual”.

“As pessoas acabam por ter uma oração quase rotineira, e com pouco impacto espiritual, a que se pode chamar oração, no contexto católico, mas estes parques são para toda a gente, para crentes e não crentes”, reforça.

O sacerdote contou ainda à Agência ECCLESIA que, desde o mês de abril, tem vindo a dinamizar um grupo de meditação contemplativa cristã online: “São encontros que já estavam a ser pensados há muito mas foram impulsionados pela guerra da Ucrânia, começaram no dia 1 de abril, e continua a cada 15 dias, online para ser com pessoas de diferentes partes do país”.

Os encontros demoram erca de 40 minutos e o modelo tem na base os “testemunhos de meditação na tradição cristã”.

“É algo especial e estruturado mas não meditação reflexiva, não é misticismo mas meditar quer dizer ocupar um lugar central, contemplativa quer dizer habitar um templo; iniciamos com exercícios de respiração e depois exercícios de dizer”, explica.

Segundo o sacerdote, “qualquer pessoa se pode juntar ao grupo que, na rede social Facebook tem a página “comunidade de meditação contemplativa cristã” e basta aceder”. 

A entrevista integra o programa de rádio ECCLESIA deste sábado, pelas 06h00, na Antena 1 da rádio pública, ficando depois disponível online e em podcast.

SN

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Agência ECCLESIA

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