Cidade do Vaticano, 16 dez 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco foi escolhido para o Prémio Internacional Ambiente 2020 da Associação ambientalista de voluntariado ‘Academia Kronos Onlus’, pelo conceito de “ecologia integral”, particularmente na encíclica ‘Laudato Si’ (2015).
“Amadurecemos a convicção – com alegria e consciência – de lhe atribuir o reconhecimento do Prémio (…) por ter dirigido as solicitações necessárias, não só às Instituições e aos poderosos da terra, mas a todas as pessoas que habitam no nosso planeta, confiando-lhes a tarefa de fazer ‘sua parte’, mesmo com pequenas ações diárias em sinal de cuidado’, escreveu o presidente da Associação Kronos na carta em que anunciou o reconhecimento, enviada à Prefeitura da Casa Pontifícia.
Segundo Franco Floris, citado pelo portal ‘Vatican News’, a mensagem do Papa Francisco “deixou claro” que “uma reflexão profunda, uma conversão ecológica e ética são necessárias” para caminhar em direção a “um novo renascimento que coloque o homem no centro”, onde os modelos económicos e sociais “devem-se referir, respeitando os sólidos princípios de justiça, paz e proteção ambiental”.
Segundo a Associação ambientalista de voluntariado ‘Academia Kronos Onlus’, o Papa colocou “no centro da sua ação pontifícia, o tema da ecologia integral e do património cultural partilhado numa lógica de desenvolvimento sustentável e de solidariedade universal”.
‘Eu faço minha parte’ é o título do prémio que é uma “pequena escultura de um beija-flor” e o artefacto, com materiais descartáveis, é da autoria do escultor-operário Renato Mancini.
O beija-flor é o “protagonista de uma antiga fábula africana”, segundo a qual, num incêndio na floresta, enquanto todos os animais fugiam em direção ao rio à procura de segurança, “o beija-flor voou na direção oposta carregando uma gota de água em seu bico dizendo ‘eu faço minha parte’”, explica o portal ‘Vatican News’.
Ottavio Capparella, chefe do escritório Jurídico da associação ambientalista de voluntariado ‘Academia Kronos Onlus’ e delegado para as relações institucionais com o Vaticano, sublinha a mensagem “simples e acessível a todos” do Papa Francisco “supera por intensidade e universalidade o estreito ambientalismo de interesses privados, que carece de uma visão integral e interligada própria”.
No dia 24 de maio, o Papa assinalou no Vaticano o quinto aniversário da sua encíclica ecológica e social ‘Laudato Si’ com o lançamento de um ano especial para “chamar a atenção para o grito da terra e dos pobres”.
CB