Cidade do Vaticano, 03 mar 2017 (Ecclesia) – O Vaticano reuniu diversos especialistas internacionais para um seminário sobre ‘Extinção biológica’, do qual saiu um alerta para a desigualdade económica e o risco de extinção de “milhares de espécies vegetais e animais”.
“Atualmente estariam em perigo de extinção um quarto de todas as espécies e a metade delas poderia extinguir-se até o final deste século”, afirmam os participantes do encontro organizado pela Academia Pontifícia das Ciências e pela Academia Pontifícia das Ciências Sociais.
O seminário sobre a ‘Extinção biológica. Como salvar o mundo natural do qual dependemos’ realizou-se entre 27 de fevereiro e 1 de março, na Casina Pio IV, Vaticano.
O comunicado final do encontro alerta que a “atual perda de espécie é de cerca 100 vezes à taxa histórica”, segundo a comparação feita com a documentação fóssil.
As perdas vão causar “danos incalculáveis para o futuro”, a menos que não sejam colocadas controladas, porque depende-se dos organismos vivos para “o funcionamento do planeta” – alimento, medicamentos e outros materiais – para a absorção de rejeitos e para o equilíbrio do clima.
Já a criação de “grandes reservas naturais marinhas” é outro elemento importante para a preservação da produtividade biológica global.
“Para realizar isto, devemos seguir os princípios morais claramente descritos na Encíclica ‘Laudato Si’, que inspirou o nosso encontro”, observam.
Neste contexto, os especialistas destacam que a “desigualdade económica” é uma marca da população e que acabar com a pobreza é uma das “principais formas de proteger o ambiente e salvar a maior biodiversidade possível” para o futuro, algo que pode ser realizado por regiões.
O comunicado final sublinha que o encontro se concluiu no espírito das “palavras eloquentes” do Papa Francisco na Encíclica ‘Laudato Si’ e decididos a procurar novas formas de trabalhar em conjunto para “construir um mundo sustentável, estável, baseado na justiça social”.
CB