Ambiente: CIDSE e Cáritas Internacional dizem que é preciso «cortar mais na emissão de gases com efeito estufa»

Problema vai ser abordado durante uma cimeira das Nações Unidas em Doha, no Qatar, entre 26 de novembro e 7 de dezembro

Lisboa, 22 nov 2012 (Ecclesia) – A CIDSE e a Cáritas Internacional esperam que a próxima cimeira sobre alterações climáticas, que arranca em Doha, no Qatar, a 26 de novembro, traga mudanças significativas ao nível da sustentabilidade ambiental e dignidade humana.

Num comunicado conjunto enviado hoje à Agência ECCLESIA, as duas organizações, que representam cerca de 180 agências católicas de cooperação para o desenvolvimento, chamam a atenção para a necessidade de “cortar mais na emissão de gases com efeito estufa” e “de apoiar financeiramente as comunidades atingidas pelas mudanças climáticas”.

Bernd Nilles, secretário-geral da CIDSE, critica a “pouca ambição” dos países que têm poder para responder a estes problemas.

“É urgente implementar cortes mais profundos nas emissões de gases e desenvolver economias verdes e sustentáveis que protejam as populações mais vulneráveis às condições meteorológicas adversas e que salvaguarde o futuro das novas gerações”, sustenta aquele responsável.

Atualmente, “o Protocolo de Quioto é o único tratado global que regula a emissão de gases, mas grande parte dos países que mais poluem não admitem ser abrangidos por ele e outros vão abandonar o projeto a partir de janeiro de 2013”, refere o texto.

No que diz respeito às políticas ambientais nos países em desenvolvimento, em 2010 as nações mais poderosas comprometeram-se a reunir 100 mil milhões de dólares por ano até 2020, através da criação do fundo Green Climate Fund.

De acordo com a CIDSE e a Cáritas Internacional, “em dezembro deste ano vai terminar o primeiro período desta iniciativa, e não há certezas quanto à sua continuidade a partir de 2013”.

“As comunidades mais pobres e vulneráveis, sobretudo os pequenos produtores agrícolas dos países em desenvolvimento, que sofrem com as consequências de problemas ambientais que outros criaram, devem estar no coração de todas as negociações relacionadas com o ambiente”, sublinha o secretário-geral da Cáritas.

Para Michael Roy, este compromisso só será cumprido se os países ricos mantiverem as promessas feitas e apoiarem aquelas pessoas a adaptarem-se às mudanças climáticas”.

A cimeira de Doha, promovida pela Organização das Nações Unidas, vai decorrer até 7 de dezembro e pretende lançar as bases para um “compromisso mais ambicioso e juridicamente vinculativo” no âmbito da redução das emissões com efeitos de gás estufa, refere a Euronews.

“Se nada for alterado, será impossível manter os níveis de aquecimento global na temperatura média de crescimento de 2°C”, o que colocará em risco a sustentabilidade do planeta.

JCP

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