Mehmet Ali Agca, o turco de 52 anos que tentou matar o Papa João Paulo II em 1981, foi libertado esta Segunda-feira da prisão onde estava detido, anunciou o seu advogado à imprensa.
Protegido por um forte dispositivo policial, o causídico informou que Ali Agca será imediatamente conduzido a um posto de recrutamento das Forças Armadas, dado que nunca cumpriu o serviço militar obrigatório.
Num comunicado difundido à saída da prisão, Ali Agca afirmou que “o mundo inteiro vai ser destruído durante este século”. “A Bíblia está cheia de erros. Eu vou escrever a bíblia perfeita”, refere ainda o texto. O antigo militante de extrema-direita anunciou que iria revelar as motivações da tentativa de homicídio do Papa.
Alguns observadores estão convencidos de que Ali Agca tem problemas psicológicos, o que não impediu vários editores e realizadores de manifestar interesse na sua história.
Uma fotografia de Agca a apertar a mão a João Paulo II foi anexada à nota de imprensa. O Papa visitou-o na sua cela, em Itália, dois anos após o atentado, tendo-o perdoado da tentativa de assassinato. O ataque, ocorrido a 13 de Maio na praça de São Pedro, em Roma, feriu gravemente o pontífice no abdómen.
Ali Agca foi detido na Turquia depois da extradição de Itália, no ano 2000, devido a vários crimes cometidos em Istambul antes da tentativa de homicídio de João Paulo II. Ao todo ficou preso 30 anos.
Com AFP