Afluência de turistas e emigrantes é sinónimo de trabalho pastoral redobrado mas também um período «muito gratificante»
Faro, 08 ago 2013 (Ecclesia) – A época de verão no Algarve é uma grande oportunidade de evangelização para a Igreja Católica, devido aos inúmeros turistas nacionais e estrangeiros e também emigrantes portugueses que acorrem à região.
Apesar de este tempo ser sinónimo de trabalho pastoral redobrado, comparativamente com outras estações do ano, é também um período “muito gratificante”, sublinha o padre Jorge Carvalho, em declarações à Agência ECCLESIA.
Na paróquia de Almancil, onde o sacerdote está desde 2012, já é um hábito a população local ser reforçada nesta altura do ano por veraneantes das mais variadas proveniências, em busca de sol, de descanso, de visitar as famílias.
Um contexto que mexe também com a dinâmica celebrativa da comunidade católica, apostada em acolher da melhor maneira aquelas pessoas e responder às suas necessidades.
De acordo com o padre Jorge Carvalho, “o horário da missa de sábado”, na igreja de São Lourenço, “é modificado para as 21h30 para permitir às pessoas irem à praia e mesmo assim virem à eucaristia”.
Durante uma parte do mês de julho e ao longo de agosto há também uma missa extra ao domingo, no auditório de Vale do Lobo, às 12h30.
As celebrações têm a particularidade das leituras serem feitas em modo bilingue, “português e em inglês” para envolver o maior número de fiéis possíveis.
“Há também uma missa no hotel Four Seasons da Quinta do Lago, todos os domingos às 18h30, essa inteiramente em inglês”, acrescenta o sacerdote, que não tem dúvidas acerca da mais-valia deste serviço pastoral.
É que muitos turistas são já uma presença regular junto da paróquia e participam ativamente nas atividades, cada vez que regressam de férias – não perdem essa “ligação”, destaca.
Além da diversificação dos horários das missas e da aposta no inglês, a afluência de visitantes ao Algarve, na época balnear, obriga a Igreja Católica a reforçar a sua capacidade de acolhimento.
“Na Quarteira temos sempre um ou dois sacerdotes para atender as pessoas, quer na eucaristia quer na confissão ou no diálogo que necessitem”, realça o padre Elísio Dias.
De quinze em quinze dias, a paróquia recebe um sacerdote novo para colaborar nesse trabalho, uma medida fundamental tendo em conta o volume de trabalho existente.
“Há missa todos os dias na Quarteira e em Vilamoura, eucaristia três dias por semana e ao domingo numa capela a cinco quilómetros daqui e um lar da terceira idade para cuidar. Por isso, como os padres não se podem multiplicar, no verão tem de vir sempre um sacerdote de fora”, conclui.
MD/JCP