A Procissão da Ressurreição, no domingo de Páscoa, integra a Festa das Tochas Floridas
Faro, 17 set 2025 (Ecclesia) – A Diocese do Algarve informa que foi aprovada a inscrição da ‘Procissão da Aleluia’, a Procissão da Ressurreição que integra a Festa das Tochas Floridas, no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, pelo Município de São Brás de Alportel.
“A proposta aprovada baseia-se na singularidade, no valor simbólico e na relevância da Procissão da Aleluia para a comunidade e para o concelho de São Brás de Alportel, tanto no plano da fé como da memória coletiva e da criatividade transmitida entre gerações. Uma tradição com registos históricos documentais e iconográficos”, informa uma nota do Município de São Brás de Alportel, enviada à Agência ECCLESIA pela Diocese do Algarve.
A inscrição da Procissão da Aleluia no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial foi aprovada, “por unanimidade”, pelo executivo municipal de São Brás de Alportel, em reunião de câmara, no dia 9 de setembro.
Em São Brás de Alportel, no Domingo de Páscoa, após a Eucaristia na igreja matriz, realiza-se a Procissão da Ressurreição, também conhecida como Procissão do Aleluia, que integra a tradicional Festa das Tochas Floridas.
Os andores dão lugar às flores que ornamentam as tochas e as ruas, depois de uma longa madrugada de trabalho em que centenas de voluntários se lançam na árdua tarefa de preparar os tapetes floridos; um quilómetro com símbolos, descrevendo o percurso da procissão com cores e aromas de funcho, rosmaninho, alecrim, alfazema e flores silvestres, lê-se no jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.
As ruas têm também bandeiras vermelhas e brancas, colchas nas janelas e lonas com a imagem de Cristo ressuscitado, e ao longo do cortejo, reúnem-se em pequenos grupos para, alternadamente, levantarem o grito do “aleluia”, ao repto ‘Ressuscitou como disse!’, o grupo ergue a tocha florida e responde: “Aleluia, aleluia, aleluia!”.
O processo de inscrição desta manifestação cultural em São Brás de Alportel, na Diocese do Algarve, no Inventário Nacional começou em 2015, pela Associação Cultural Sambrasense, com o apoio do município, e, agora, foi criado um grupo de trabalho multidisciplinar, encarregado de elaborar o pedido de inventariação junto do Instituto dos Museus e da Conservação, IP.
O Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial constitui um registo oficial das tradições, práticas e conhecimentos que integram a cultura portuguesa, “garantindo a sua preservação e valorização”, e o seu processo envolve a participação das comunidades “na identificação e descrição das manifestações culturais, contando também com o apoio de especialistas”.
A Festa das Tochas Floridas é organizada em parceria pela Paróquia de São Brás de Alportel, pela Associação Cultural Sambrasense e pela Câmara Municipal de São Brás de Alportel.
CB
![]() A Câmara Municipal de São Brás de Alportel “aprovou, por unanimidade, um voto de louvor, em homenagem” ao bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, pelos seus “relevantes serviços prestados”, destacando o seu “exemplo como homem e pastor”, pelo 25.º aniversário da sua ordenação episcopal, que o responsável católico celebrou no dia 3 de setembro, informa o jornal ‘Folha do Domingo’. “Ao longo de 25 anos de missão episcopal no Algarve, D. Manuel Neto Quintas distinguiu-se pelo espírito de serviço, pela atenção à formação e valorização dos leigos, pelo incentivo às vocações sacerdotais – tendo ordenado 19 padres desde 2004 – e pelo cuidado com a dimensão social, pastoral e cultural da Igreja. Criou em 2009 o Gabinete de Informação da Diocese do Algarve (GIDAlg), dinamizou congressos e jornadas, reforçou a Pastoral Social e promoveu a participação dos jovens e das famílias em iniciativas diocesanas e peregrinações”, destaca o Município algarvio. Natural de Mazouco, em Bragança, D. Manuel Quintas recebeu a nomeação episcopal em 2000, tendo servido primeiramente a Diocese do Algarve como bispo auxiliar, e depois como bispo diocesano. D. Manuel Quintas, “exemplo de simplicidade e proximidade”, deixa uma “marca indelével na vida da Igreja e da sociedade algarvia, sendo reconhecido como construtor de pontes, promotor da inclusão e motivador de futuros”, assinala a Câmara Municipal de São Brás de Alportel, citada pelo jornal diocesano do Algarve. |