Faro, 08 set 2014 (Ecclesia) – As comunidades algarvias, em conjunto com as instituições católicas locais, estão a mobilizar-se na reunião de apoios para o restauro da igreja de Armação de Pêra, que foi assaltada e vandalizada no dia 22 de agosto.
Em declarações ao jornal Folha do Domingo, o pároco de Armação de Pêra destaca a vontade “generalizada” da população em ajudar, sinal de que elas reconhecem que “afinal de contas, a Igreja não é o edifício” mas sim o conjunto de todas as “pessoas”.
O padre Joaquim Beato dá conta ainda da “grande indignação” que a destruição da igreja está a causar, não só entre “a comunidade paroquial” mas também entre “os turistas” que por ali têm passado.
A igreja de Armação de Pêra, situada junto à praia, numa zona balnear muito frequentada, foi assaltada e vandalizada na madrugada de 22 de agosto.
Além de terem levado dinheiro e diversas peças ligadas ao culto, os autores do crime tentaram sem sucesso arrombar o cofre da igreja e acabaram por incendiar o templo.
Toda a estrutura ficou danificada e o orçamento para o restauro dos estragos, ainda que ainda não esteja completamente apurado, vai ultrapassar largamente as possibilidades económicas da paróquia.
O revés é ainda maior dado que a comunidade católica de Armação de Pêra estava a preparar as bases para a construção de uma nova igreja.
Segundo o padre Joaquim Beato, “o pequeno fundo” que a paróquia já detinha provavelmente vai ter de ser todo “investido” nas obras de restauro, “porque a prioridade é esta”.
A Cáritas Diocesana do Algarve, a Câmara Municipal de Silves e o Agrupamento de Escuteiros de Armação de Pêra são algumas das instituições que já se disponibilizaram a ajudar na recuperação do templo.
Para já, as eucaristias da comunidade católica de Armação de Pêra durante a semana e ao domingo vão passar a decorrer no espaço de um antigo supermercado, situado mesmo atrás da igreja que foi vandalizada.
As missas vespertinas, de sábado à tarde, vão por sua vez ter lugar no salão do Clube de Futebol “Os Armacenences”.
FD/JCP