Algarve: Presidente de República participou na «Festa Grande» de Nossa Senhora da Piedade, presidida pelo bispo diocesano

«Não basta desejar um mundo melhor; é preciso começar pelo nosso próprio lar, o nosso próprio ambiente, pela nossa própria casa» – D. Manuel Quintas

Foto: Jornal Folha do Domingo/Samuel Mendonça

Loulé, 05 mai 2025 (Ecclesia) – O bispo do Algarve presidiu à ‘Festa Grande’ de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como «Mãe Soberana», este domingo, em Loulé, que contou com a participação do presidente de República Portuguesa e da ministra do Ambiente.

“Somos convidados a celebrar a alegria porque aquele Jesus, deposto no colo da sua mãe, está vivo, ressuscitou! E é isso que nós celebramos neste dia. Nós seguimos alguém que está vivo, que ressuscitou, que tem uma influência determinante na nossa vida, sobretudo em situações de morte, de tristeza, de angústia, de desânimo”, disse D. Manuel Quintas, na Eucaristia, citado pelo jornal diocesano Folha do Domingo.

A Diocese do Algarve destaca a presença do presidente da República Portuguesa nesta ‘Festa Grande’ de Nossa Senhora da Piedade, que é “a mais significativa expressão de devoção mariana do Algarve”, na companhia ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, aceitando o convite da Câmara Municipal de Loulé.

‘Mãe da santa esperança’, é o tema pastoral 2024/2025 do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Loulé, o bispo diocesano explicou que por Maria, Senhora da Piedade e ‘Mãe Soberana’ são “conduzidos a Cristo, como fonte duma esperança que não engana, como fonte de verdadeiro amor”.

“É este amor que faz de nós peregrinos de esperança. A esperança mantém-nos vivos. Não permite que vivamos marcados pelo desânimo, envolvidos pela desilusão, prostrados perante as adversidades. Somos peregrinos duma esperança que não cede perante dificuldades e incertezas, funda-se na fé e é alimentada pela caridade, permitindo-nos assim avançar na vida”, desenvolveu.

O bispo do Algarve destacou também a “feliz coincidência” da ‘Festa Grande’ de Nossa Senhora da Piedade coincidir com o Dia da Mãe 2025, celebrado neste primeiro domingo de maio, que proporciona “a oportunidade de melhor” entenderem, “a partir do amor materno, a esperança que deve inspirar e animar a vida”, e afirmou que o amor de mãe constitui, “seguramente, a mais perfeita metáfora do amor de Deus”.

“A mãe é, sobretudo, a heroína de todos os dias que semeia esperança e eleva o coração da sua família: do marido, dos filhos, dos netos, hoje, amanhã e sempre, nos momentos de alegria, assim como na angústia e nos momentos de dificuldade, nas tempestades da vida.”

Na homilia da Missa Campal, D. Manuel Quintas pediu compromisso com o mundo “onde há sinais evidentes de retrocesso”, porque não querem, nem podem alhear-se “do tempo”, e pediu aos presentes que se assumam como “cultivadores diligentes da semente do Evangelho da alegria e da esperança”.

“Não podemos alhear-nos do nosso país, onde assistimos a uma incapacidade evidente e generalizada de gerar consensos, quando parece ser isso que o povo reclama como última instância da democracia; Na verdade, não basta desejar um mundo melhor; é preciso começar pelo nosso próprio lar, o nosso próprio ambiente, pela nossa própria casa, fazendo deles um lugar onde a alegria e a esperança possam florescer.”

Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra Maria da Graça Carvalho participaram na Missa campal, junto ao monumento a Duarte Pacheco, onde subiram ao palco para cumprimentar o clero e os ‘homens do andor’, estiveram na janela dos Paços do Concelho, para a passagem do andor; o presidente da República acompanhou ainda “a subida em apoteose” da imagem da ‘Mãe Soberana’ ao seu santuário, onde visitou a “pequena capela” e a igreja, e ouviu o sermão de D. Manuel Quintas.

Neste sermão após a chegada da procissão ao santuário, o bispo do Algarve recordou ainda os trabalhadores e os migrantes e refugiados que “buscam paz, segurança, felicidade e um futuro melhor para si e para os seus filhos”.

A Missa foi concelebrada pelos bispos eméritos do Funchal, D. António Carrilho, natural de Loulé, e D. Manuel António dos Santos, bispo emérito de São Tomé e Príncipe, que colabora com a Diocese do Algarve.

CB/PR

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