Perante a necessidade os párocos responderam com acompanhamento técnico
Faro, 03 mar 2018 (Ecclesia) – Duas paróquias de Portimão têm a funcionar grupos de apoio a pessoas em luto, assegurando um acompanhamento técnico em momentos de sofrimento, segundo o jornal diocesano.
A paróquia de Nossa Senhora do Amparo e da matriz, em Portimão, asseguram o acompanhamento técnico por parte de psicólogas enquadrado pela dimensão da espiritualidade, embora na paróquia da Matriz o acompanhamento é “especificamente para pais que perderam os filhos”.
Perante a realidade de “um número considerável de pais que passa pela dolorosa situação de ter visto um filho partir para a eternidade” o pároco Mário de Sousa decidiu criar aquele serviço.
“Penso que ninguém poderá compreender verdadeiramente a dor que significa [perder um filho], a não ser quem se encontra na mesma trágica situação”, afirmou o pároco da paróquia da matriz de Portimão ao jornal Folha do Domingo.
Já para o sacerdote jesuíta Frederico Lemos, um dos párocos de Nossa Senhora do Amparo, aquele “espaço de partilha” tem o “objetivo de as pessoas encontrarem um espaço onde podem falar e ouvir”.
“A proposta foi feita pela psicóloga e pareceu-nos que era um serviço que se podia abrir”.
“Não é bem um grupo. Há pessoas que aparecem uma vez e voltam três meses depois, outras que aparecem uma vez e já não voltam e outras que são regulares”, concretizou, explicando que as pessoas, “umas que frequentam a paróquia, outras nem tanto”, “aparecem segundo a sua disponibilidade e também conforme a necessidade que têm”.
Naquela paróquia os encontros começaram há três anos por sugestão da própria técnica que acompanha o grupo, cujas reuniões são participadas por cerca de uma dezena de elementos.
“Procura-se ajudar as pessoas enquanto precisam de falar daquilo que estão a viver e ao mesmo tempo a ouvir outros que vivem situações semelhantes”, complementou.
E adianta que o serviço vai continuar mesmo que “o grupo seja incipiente e tenha pouca gente”.
Na paróquia da matriz de Portimão o serviço teve início no passado mês de janeiro e a sua constituição é fixa, constituído por 15 elementos – maioritariamente mães, mas também alguns pais – e não admite mais membros “por razões de estabilidade e coesão”.
SN