Algarve: «O lausperene não pode ser encarado só como um cumprimento do calendário pastoral», alertou o reitor do Seminário de São José

Lausperene diocesano começou na Paróquia de Albufeira, que «há 16 anos que não dá um padre», assinalou o padre António de Freitas, o último sacerdote ordenado desta comunidade

Foto: Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Faro, 27 out 2025 (Ecclesia) – O reitor do Seminário de São José da Diocese do Algarve afirmou que é “da força da oração que brotam e se alimentam as vocações”, no início do lausperene diocesano, que “não pode ser encarado só como um cumprimento do calendário pastoral”.

“Rezamos particularmente pelas vocações ao sacerdócio, mas sem esquecer também as vocações à vida consagrada e à vida religiosa, já que a nossa diocese, no conjunto do seu presbitério, também usufrui de alguns sacerdotes religiosos, consagrados ao Senhor e que orientam a vida de comunidades paroquiais”, disse o padre António de Freitas, na igreja matriz de Albufeira, este sábado, 25 de outubro, citado pelo jornal ‘Folha do Domingo’.

A Diocese do Algarve está a promover o seu Lausperene Diocesano, “uma das iniciativas mais significativas” desde 2004, onde reza dia e noite por vocações sacerdotais e religiosas, entre 25 de outubro e 8 de novembro, no âmbito da Semana nacional de Oração pelos Seminários.

“O lausperene não pode ser encarado só como um cumprimento do calendário pastoral da diocese, mas tempo de graça. Uma manifestação clara da nossa gratidão a Deus pelos bispos, padres e diáconos, religiosos ou consagrados, que nos vai concedendo e que vão guiando o povo de Deus”, acrescentou.

O reitor do Seminário de São José da Diocese do Algarve explicou que a oração é “lugar especial donde brota, onde se alimenta e onde se forma o coração daqueles que são chamados a ser pastores”, e que é “da força da oração que brotam e se alimentam as vocações”, que se santificam e que se emparam os sacerdotes”.

“Rezar pelo ministério ordenado é cuidar daqueles que são chamados a consagrar a sua vida, é cuidar dos que já fomos chamados, é cuidar dos que estão a ser chamados; se as vocações não nascerem da oração e pela oração, as estratégias pastorais podem ser muito boas, as criatividades eclesiais excelentes, mas os milagres não se dão por aí”, desenvolveu.

A Diocese do Algarve promove a adoração permanente ao Santíssimo Sacramento com as paróquias e comunidades, congregações, grupos e movimentos, e, segundo o sacerdote, é um “tempo de súplica, de contrição, de perdão”, e incentivou à “graça da perseverança na oração” pelas vocações sacerdotais.

O padre António de Freitas, que apresentou os seminaristas que este ano letivo frequentam o Seminário de São José, em Faro, pediu aos adolescentes de Albufeira atenção, “quem sabe se o Senhor não está a chamar”, numa paróquia que “há 16 anos que não dá um padre”, tendo sido ele o último, e a “quem tem filhos ou netos”, se o Senhor não se quer servir das suas vozes para “lhes perguntar se nunca pensaram ir para o Seminário”.

O pároco de Albufeira, o padre Flávio Martins, salientou que nesta paróquia “tem uma sensibilidade pelo cuidado material do Seminário e dos seminaristas”, mas também de “cuidar da parte espiritual, de rezar pelas vocações”, citado pelo jornal ‘Folha do Domingo’.

O lausperene diocesano do Algarve vai percorrer as três regiões pastorais – barlavento, centro e sotavento -, até dia 8 de novembro, no âmbito da Semana nacional de Oração pelos Seminários 2025 (2 a 9 de novembro), sob o tema ‘Precisamos de Ti’.

A Eucaristia de encerramento desta iniciativa vai ser presidida pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, na igreja matriz de Lagoa, a partir das 21h00, no dia 8 de novembro.

CB/OC

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