Algarve: Jornada Teológico-Pastoral abordou tema da misericórdia

Faro, 14 jan 2016 (Ecclesia) – O diretor do Centro de Estudos e Formação de Leigos convidou a descobrir que “Deus é um Pai misericordioso”, aos participantes da Jornada Teológico-Pastoral ‘A Misericórdia Divina’, fonte de vida’ promovida pela Diocese do Algarve.

“O Papa Francisco convida-nos a redescobrir isto, a nós que, às vezes, complicamos tanto a descobrir a simplicidade de Deus que se manifesta na grandiosidade do seu amor que se concretiza na sua misericórdia”, explicou o padre Mário de Sousa, no Centro Pastoral e Social de Ferragudo.

O diretor do Centro de Estudos e Formação de Leigos do Algarve assinalou que neste Ano Santo o convite de Francisco é a “concentrar naquilo que é o essencial à fé”.

“A misericórdia de Deus, de alguma forma, é a manifestação mais eloquente e mais perfeita da própria natureza divina. A misericórdia de Deus outra coisa não é senão a manifestação do amor que Deus é”, desenvolveu o sacerdote.

Neste contexto, o responsável disse aos cerca de 250 participantes das jornadas que Deus compadece-se do ser humano.

“Coloca o seu coração nas nossas misérias, ama-nos apesar das nossas debilidades e é da miséria que nos quer resgatar para mergulhar no seu amor e no carinho que só Ele nos dá”, acrescentou.

O jornal diocesano ‘Folha do Domingo’ adianta que este encontro de formação substituiu no atual ano pastoral as três jornadas que esta Igreja costuma realizar anualmente – bíblica, litúrgica e sóciocaritativa.

Segundo o diretor do Centro de Estudos e Formação de Leigos a opção passou por “não multiplicar e juntar as três jornadas numa só”.

Desta forma, a Jornada Teológico-Pastoral intitulada ‘A Misericórdia Divina’ contou ainda com mais três conferências, no dia 9 de janeiro.

No tema ‘Jesus, o rosto da misericórdia de Deus’, que evidenciou a dimensão bíblica, o padre Frederico Lemos revelou que “a justiça pode ser aperfeiçoada pela misericórdia”.

“Deus não impõe a justiça em detrimento do amor e, às vezes, por causa do amor, supera a justiça. Pergunto se o nosso sistema judicial, em que quando uma pessoa vai para a prisão para se fazer justiça, poderá ser restabelecida como pessoa através dessa punição ou dessa reparação?”, questionou o sacerdote da Companhia de Jesus (jesuíta).

Já o padre Carlos de Aquino na conferência da dimensão litúrgica – ‘Celebrar a infinita misericórdia divina’ – destacou que o Jubileu “necessita, antes de mais, de ser bem celebrado”.

“Não se trata tanto de fazermos coisas e muito menos dessas coisas caírem na espetacularidade, no fantástico e no interessante, mas trata-se de tudo aquilo que a gente faz, celebrando na fé, ser comunicador da graça, do dom do amor de Deus e isso nos transformar verdadeiramente”, sublinhou.

O outro conferencista, o professor universitário Juan Ambrósio frisou que o Ano Santo “não é para ser mais um acontecimento” e observou que a misericórdia de Deus “não é reação ao pecado”.

“Pelo contrário, é aquilo que Deus é e, portanto, é a partir daquilo que Ele é que Ele vai reagir com tudo o que nós façamos”, afirmou o teólogo na conferência ‘Usar de misericórdia para com o teu irmão”, a dimensão social da jornada.

O tema deste encontro inseriu-se no Jubileu da Misericórdia que a Igreja vive desde 8 de dezembro de 2015 até 20 de novembro de 2016, proclamado pelo Papa Francisco.

FD/CB

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