Encontro diocesano recordou necessidade de trabalhar pela integração de todos
Faro, 03 dez 2013 (Ecclesia) – A Diocese do Algarve promoveu um encontro com pessoas portadoras de deficiência e suas famílias, para assinalar o dia internacional dedicado a este população, que se celebra hoje.
A iniciativa decorreu este domingo na Paróquia das Ferreiras, cujo pároco advertiu que os cristãos devem ser os primeiros a incluir as pessoas com deficiência.
“Jesus tem uma preferência pelos marginalizados, pelos doentes, por aqueles que a sociedade rejeita. Se Jesus tem esta predileção, nós, cristãos, devíamos ser os primeiros a mostrar também essa atenção e esse amor”, afirmou o padre Joel Teixeira na eucaristia de encerramento da jornada.
Em 2013, o tema do Dia Internacional promovido pela ONU é ‘Quebrem barreiras, abram portas: Por uma sociedade inclusiva para todos’, e o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) assinala a data em Portugal com uma festa para crianças e jovens, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, mas também com um congresso sobre a surdocegueira, no Centro Cultural de Belém.
O encontro das Ferreiras, no concelho de Albufeira, foi promovido em colaboração com o Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência (SPPD).
Maria Isabel do Vale explicou que o SPPD, criado pela Conferência Episcopal Portuguesa em novembro de 2010 no âmbito da Pastoral Social, tem como objetivo “dinamizar a sensibilidade da Igreja para acolher as pessoas com deficiência”.
Aquela responsável destacou a vontade do bispo da diocese para que o primeiro encontro nacional fosse realizado no Algarve: “Estamos a colaborar com a diocese que quis e aceitou este desafio”.
O padre Joel Teixeira frisou, por sua vez, que “uma pessoa com uma deficiência qualquer não é menos pessoa por isso e não pode sentir na Igreja que é excluída”.
Referindo-se ao desafio deixado à Diocese do Algarve pelo Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência para que faça um levantamento das barreiras arquitetónicas existentes nos seus edifícios, o sacerdote destacou a premência do mesmo.
“Não devia ser necessário lançar este desafio. Devíamos perceber que isso é uma necessidade porque era isso que Jesus fazia. Procurarmos ajudar a que as crianças com algum problema possam vir à catequese não devia ser a exceção, mas natureza da Igreja a falar porque era assim que Jesus fazia”, concluiu.
Após a celebração da eucaristia realizou-se no adro da igreja das Ferreiras um gesto simbólico com a largada de balões brancos “com o desafio implícito ao compromisso com a inclusão das pessoas com deficiência”, destaca o jornal diocesano ‘Folha do Domingo’, na sua edição online.
FD/OC