Algarve: Experiências de missão enriquecem vida pastoral da diocese

D. Manuel Quintas esteve reunido com voluntárias das irmãs Franciscanas Missionárias de Maria

Ferragudo, Faro, 07 jan 2014 (Ecclesia) – O bispo do Algarve encontrou-se este sábado com voluntárias que participaram em missões das irmãs Franciscanas Missionárias de Maria (FMM) em Angola e Moçambique, considerando que estas “experiências” enriquecem a diocese.

“A diocese também sai enriquecida com estas experiências e que bom que seria que conseguíssemos encontrar espaços para estas jovens poderem partilhar estas experiências e, ao mesmo tempo, prestarem acolhimento e apoio a outros que se sintam também motivados e sensibilizados para as fazerem” disse D. Manuel Quintas ao semanário regional ‘Folha do Domingo’, durante o encontro com as missionárias que decorreu este sábado em Ferragudo.

O bispo do Algarve que também foi missionário nas décadas de 70 e 90 considerou que o gosto pelas experiências de missão noutros países é uma “semente” que está, gradualmente, em crescimento, dado que “há muita gente que se interroga sobre esta possibilidade, embora não saiba muito bem como fazer nem que passos dar” sendo por isso necessário na sua opinião “promover as pessoas, tendo em conta a sua riqueza cultural e a sua identidade própria”.

Presente neste encontro com o bispo diocesano esteve Petronela Els Claes, uma belga que vive no Algarve há 36 anos e que em 2012 esteve seis meses em Angola, onde ensinou medicina natural, naturopatia e reflexologia, mas também costura e bordados às crianças locais, uma missão que a levou a perceber a “discrepância enorme entre os ricos e os pobres” naquele país africano.

Ana Poupino, assistente social, esteve em 2010 em Nhaconjo, Moçambique, onde na altura iniciou um projeto de angariação de fundos para a construção de um centro de moagem de cereais (Boluka Kua Zua), e em 2012 partiu com Petronela Els Claes para Cangumbe em Angola “onde não havia água potável, nem eletricidade e a linha telefónica era apenas uma que só funcionava quando havia sol”, relata a missionária ao jornal regional Folha do Domingo.

Sofia Gonçalves, psicóloga clínica, esteve em 2012 com Julieta Lemos em Moçambique, uma semana em Maputo e três na Beira, numa experiência da qual guarda uma “sensação que tive é que foi muito pouco tempo. Foi mais uma descoberta pessoal, o que fica é mesmo o desejo de voltar e de querer estar mais tempo”, revelou.

Daniela Vaz, educadora de infância, e Carmen Geraldes, estiveram em Moçambique no ano passado durante um mês, na vila de Namaacha, da província de Maputo.

As enfermeiras Marlene Viegas e Carmem Santos abdicaram do seu mês de férias em 2013 em prol do voluntariado e partiram para Angola onde Marlene trabalhou num centro materno-infantil com outras enfermeiras no apoio pré-natal, terapias, vacinação e consultas de saúde infantil, nutrição e alimentação, um “desafio a nível pessoal e profissional”, explicou.

Já para Carmem Santos já tinha estado em Angola em missão há 5 anos sendo que “foi muito bom voltar, foi um novo desafio”.

Os candidatos a participar nas missões das irmãs Franciscanas Missionárias de Maria (FMM) reúnem-se todos os meses para reflexão e formação, alternando as reuniões no Algarve com os encontros anuais promovidos pela Fundação Fé e Cooperação (FEC) em diferentes pontos do país.

FD/MD

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