Algarve: Doroteias evangelizam na praia

Congregação instalou em Quarteira duas tendas onde as pessoas podem rezar, partilhar testemunhos e conhecer histórias inspiradoras de esperança

Quarteira, Faro, 08 ago 2013 (Ecclesia) – As Irmãs Doroteias, em conjunto com alguns jovens ligados a congregação, estão a percorrer a praia da Quarteira, no litoral algarvio, para levarem a “esperança” e a “provocação” de Deus às pessoas, neste tempo de verão.

Em entrevista concedida à Agência ECCLESIA, a irmã Arminda Oliveira, coordenadora desta missão, explica que o objetivo passa por ajudar as pessoas a fazerem das suas férias um período de “descanso em Deus”, para que “não o esqueçam, não o arrumem na prateleira”.

Uma “interpelação” que, na opinião da religiosa, ganha especial importância numa altura em que a sociedade portuguesa atravessa momentos difíceis.

“Num mundo sem esperança”, onde as pessoas estão a ser sobrecarregadas “com muitas coisas”, é preciso anunciar “que a vida em Deus tem outro sentido”, realça a irmã.

Até dia 12 de agosto, com o apoio de alguns elementos ligados à Juventude Doroteia, a congregação fundada por Paula Frassinetti (1809-1882) vai estar distribuída pela praia da Quarteira, para falar com as pessoas, deixar-lhes a sua mensagem e convidá-las a visitarem as “tendas de Deus” que instalaram no areal.

Uma das tendas, o espaço de encontro, dá a conhecer a história de “Santa Paula Fassineti”, explica a irmã Paula Martins, que fez votos este ano e está a participar pela primeira vez neste tipo de atividade.

Quem quiser pode levar consigo um livro sobre a irmã italiana “que deu a vida pelos outros”, ler “testemunhos de esperança” de pessoas que foram inspiradas pelo carisma da comunidade doroteia – que chegou a Portugal na segunda metade do século XIX – e deixar o seu próprio testemunho.

Na tenda existe “um elo onde cada um pode deixar a sua mensagem”, uma cadeia que tem crescido ao longo dos dias.

Depois, há também o “espaço do silêncio”, destinado a quem queira cortar por momentos “com o turbilhão que se passa na praia”, e “estar em silêncio”, refletir, rezar.

Para a irmã Paula Martins, trata-se de um projeto “enriquecedor” pois permite à congregação “sair mais de si, ser mais provocadora, ir ao encontro das pessoas num sítio onde elas não estão à espera e lembrar-lhes que Deus não tira férias, está sempre no meio dos homens, para o bem e para o mal”.

“Até agora as reações têm sido as mais variadas”, adianta a religiosa – Algumas pessoas “aceitam bem, outras não querem saber, outras começam em debate, criando uma dinâmica interessante”, salienta.

Os jovens participam nas “tendas de verão” no âmbito do programa de pastoral juvenil da congregação, alguns pela primeira vez e vindos de longe, como é o caso de Tito Santiago, que veio de Bragança.

Ele “já conhecia as irmãs doroteias desde 2004” mas “só agora” é que teve a oportunidade de colaborar na iniciativa, para “evangelizar” e no fundo “ser um bocadinho louco ao jeito de Cristo, levar a palavra dele”.

“Aquilo que toca mais é a partilha das pessoas, algumas começam-se a abrir, tiveram dificuldades mas acreditaram em Cristo. Esta energia, esta criação de laços é que motiva”, destaca.

As Irmãs Doroteias estão nesta altura a promover missões deste género em Fornos de Algodres, na região de Viseu, e também em Angola.

MD/JCP

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