D. Manuel Quintas diz que não se deve confundir «tentação com pecado»
Faro, 14 Mar (Ecclesia) – O bispo do Algarve afirmou este domingo que não se deve “confundir tentação com pecado”, falando a trinta candidatos ao baptismo (catecúmenos), oriundos de várias paróquias algarvias, durante a celebração do rito de eleição, na Sé de Faro.
“Não devemos pensar que, por sermos tentados, já somos pecadores”, clarificou, acrescentando que, tal como “não basta ter a tentação (propensão, ndr) para fazer o bem, para já se ser bom”, também “não basta ter a tentação para fazer o mal, para já se ser mau”.
“Todas as nossas opções que significam competir com Deus e com os outros, deixam-nos sozinhos”, constatou o bispo algarvio, contrapondo que uma vida com Deus é “uma vida vivida com liberdade, expressividade e alegria, uma vida plena”.
D. Manuel Quintas falava perante trinta adultos que confirmaram a intenção de se tornarem cristãos, pelo que irão celebrar o Baptismo, o Crisma e a Eucaristia na vigília pascal das respectivas paróquias e, para isso, foram aceites pelo bispo do Algarve.
Dezassete homens e treze mulheres, com idades compreendidas entre os 16 e os 46 anos iniciaram uma nova fase do seu catecumenado – a purificação e iluminação, – deixando de ser catecúmenos para passar a ser eleitos, ou seja, escolhidos.
A Igreja tem um percurso próprio para a iniciação cristã dos adultos que começa com um período de pré-catecumenado, seguindo-se o catecumenado, ligado de maneira particular à catequese, ao conhecimento da pessoa de Jesus, da Igreja e das verdades da fé cristã.
Este tempo termina com o rito de eleição dos catecúmenos e a partir desse dia, a preocupação com os adultos já não é de ordem doutrinal, mas de ordem espiritual.
FD/SM/OC
