Porta da Cáritas «nunca se fechou», referem os algarvios
Faro, 29 jul 2014 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Diocesana do Algarve, Carlos Alberto Oliveira, disse que o desemprego é a situação que “concentra maior atenção” desta instituição católica na região.
“A situação do desemprego, não desprezando todas as outras que habitualmente atendemos e acolhemos, merece de facto uma primeira atenção atendendo ao facto de estarmos numa zona de grande desemprego”, afirmou Carlos Alberto Oliveira, presidente da Cáritas Diocesana do Algarve.
O responsável referiu à Agência ECCLESIA que “muitas vezes” não têm “capacidade de resposta” para tantas solicitações e que “só tendo em conta a generosidade das pessoas” que os ajudam e da Diocese conseguem também responder a quem procura a Cáritas
“As pessoas respondem aos nossos apelos da recolha de alimentos, nas cadeias de supermercados, quer através do fundo diocesano social, que tem sido muito generoso e tem contemplado muitas famílias da diocese, só assim conseguimos dar resposta às situações mais difíceis”, exemplifica Carlos Alberto Oliveira.
Para D. Manuel Quintas, bispo do Algarve, se a diocese deixasse de ter as inúmeras valências de apoio, num sentido mais lato, abrangendo centros sociais e paroquiais, que auxiliam a população “seria muito mau para muita gente”.
“É muito maior e mais significativo aquilo que cada um deve e pode fazer dentro do seu pequeno meio atendendo às situações de vizinhança porque as instituições não podem substituir aquilo que compete a cada um e aquilo que diz respeito a cada um”, alerta o prelado que diferencia a ação de cada um com “a caridade” e “a solidariedade organizada” que a Igreja disponibiliza.
A Cáritas Diocesana do Algarve tem também vários equipamentos e valências para dar resposta aos diversos pedidos da população e as crianças ocupam parte dessa resposta social com os jardins-de-infância.
Vivaldina Martins é utente da Cáritas Diocesana do Algarve e revelou que era a segunda vez que a instituição católica a ajudava com um cheque para poder pagar a renda e que com “comida” ajudam-na “quase todos os meses”.
À Agência ECCLESIA destacou que encontra a porta da Cáritas sempre aberta: “Chego aqui e digo que não tenho comida e dão-me o que têm, que elas não podem fazer milagres, mas para mim esta porta nunca se fechou”.
“Esta porta abriu-se para mim como Deus, como o sol alumia as pessoas assim esta porta abriu-se para mim e para os meus dois netinhos”, desenvolveu Vivaldina Martins explicando que com aquele auxílio que é fundamental leva para casa “comida, roupinha, calçado, tudo”.
O último semanário digital Ecclesia e o programa 70×7 deste domingo apresentaram a realidade pastoral e social da Diocese do Algarve, nomeadamente o trabalho da Cáritas e do Secretariado da Pastoral do Turismo.
HM/CB/PR