Organizações têm mais migrantes de países da América do Sul e América Central, África e Ásia, «alguns em situação ilegal»
Faro, 09 jun 2023 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana do Algarve realizou a 3 de junho o IV Encontro das Cáritas Paroquiais para refletirem sobre a sua ação e “promover um maior espírito de comunhão e uma melhor articulação” com estas estruturas.
“A diminuição de apoios, nomeadamente os resultantes dos peditórios de Rua e das Missas, e também a falta de apoio por parte de muitas entidades, dificultam o exercício da missão”, constataram os participantes, divulgou a organização deste encontro, informa o jornal diocesano ‘Folha de Domingo’.
As Cáritas Paroquiais do Algarve reforçaram a necessidade de “cada vez mais, utilizar o trabalho em rede, criando novas sinergias entre a rede Cáritas”.
Participaram neste encontro, organizado pela Cáritas da Diocese do Algarve, as Cáritas Paroquiais de Loulé, da matriz de Portimão e de Lagoa, que acolhia a iniciativa na igreja paroquial, que constataram existir um maior número de atendimentos, particularmente de imigrantes de países oriundos da América do Sul e América Central, África e Ásia, alguns em situação ilegal, o que aumenta as dificuldades.
A Cáritas Diocesana apresentou o Projeto ‘Cáritas na Escola’, que tem realizado na zona de Sotavento algarvio, assinalando a mais-valia que esta iniciativa poderá ter na diocese, através do envolvimento dos professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), e apresentou também o SGASP-II – Sistema de Gestão de Atendimento Social de Proximidade.
O SGASP-II é um modelo de recolha de informação e gestão dos atendimentos que permite a obtenção de dados da intervenção de cada Cáritas e grupos de ação socio-caritativa, no âmbito das suas atividades de apoio social.
O IV Encontro das Cáritas Paroquiais do Algarve começou com uma reflexão sobre o tema ‘Só o amor salva’, pelo assistente espiritual da Cáritas Diocesana, o cónego Carlos de Aquino, que salientou que o serviço da caridade “é dimensão constitutiva da missão da Igreja, expressão irrenunciável da sua essência”.
“Estar com os pobres é opção difícil, exigente, desafiadora. Leva tempo implicando avanços e recuos; Estar no terreno implica purificação, discernimento, engano, ternura, recomeço, júbilo”, acrescentou o padre Carlos de Aquino, afirmando que não são “assistencialistas”, mas cuidadores com o “coração vidente como o Bom Samaritano”.
O jornal ‘Folha do Domingo’ informa que o V Encontro das Cáritas Paroquiais será acolhido pela Cáritas Paroquial da Matriz de Portimão, em 2024.
CB