«A corresponsabilidade é forma de viver o Ano Jubilar» – Carlos de Oliveira, presidente da Cáritas Diocesana

Faro, 21 mai 2025 (Ecclesia) – A Cáritas Diocesana do Algarve realizou o 6.º Encontro das Cáritas Paroquiais desta Igreja local, onde refletiram sobre a atualidade deste setor e ‘A Caridade em tempo jubilar’, no sábado, 17 de maio, na sua sede em Faro.
“Cada um é convidado a viver o Jubileu, reforçando o amor ao próximo, a gratidão e o serviço. O amor ao próximo, não neste sentido simplesmente do habitual, do dia-a-dia, mas no sentido de reforçar que este é um tempo especial de graça”, disse o padre António Moitinho, citado pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.
O sacerdote algarvio apresento o tema ‘A Caridade em tempo jubilar’, no VI Encontro Diocesano das Cáritas Paroquiais do Algarve, e explicou como podem “marcar” o Ano Santo 2025, o Jubileu dedicado à esperança, “para que não seja mais um ano simplesmente a ajudar o próximo”.
Segundo o padre António Moitinho, o Ano Santo pode “passar um bocadinho ao lado” se for “muito difícil distinguir a ação diária da do tempo jubilar”, e partilhou quatro desafios para os agentes da pastoral sociocaritativa.
Sentir compaixão por cada um daqueles que procuram ajuda; Promover o sentido comunitário como grupo de voluntários da Cáritas e dar a conhecer a missão à comunidade; Dar a conhecer ao povo verdadeiramente que a Cáritas não é só simplesmente um departamento que dá e as pessoas vão lá buscar; Promover em todos os cristãos o compromisso da defesa da dignidade da pessoa, de forma especial, os mais pobres e vulneráveis, com o convite à conversão na comunidade”.
A Igreja Católica está a celebrar neste ano de 2025, o 27.º jubileu ordinário da história, por iniciativa do Papa Francisco, o orador explicou o enquadramento e a evolução deste ano ao longo da história, explicou que existem os jubileus ordinários e os extraordinários e que têm “um impacto duradouro da vida da Igreja e na sociedade”, serviram para momentos de reflexão, de renovação espiritual, “de reafirmação da fé católica”.
“Sabendo que a caridade constitui uma das principais caraterísticas da vida cristã, por este motivo não se pode pensar que a peregrinação e a celebração da indulgência jubilar possam ser relegadas a uma forma mágica, pois é a vida caritativa que lhe dá um sentido único, último e eficaz; a fé e o amor constituem a identidade do cristão, a fé permite que o amor seja caridade”, desenvolveu o padre António Moitinho.
O 6.º Encontro das Cáritas Paroquiais da Diocese do Algarve contou também com partilha do presidente desta instituição diocesana, Carlos de Oliveira, que afirmou que a “corresponsabilidade é forma de viver o Ano Jubilar”.
“A Cáritas é a animadora e coordenadora da caridade na comunidade paroquial”, salientou o presidente da Cáritas Diocesana, a partir do Motu Próprio ‘Intima Ecclesiae natura’, do Papa Bento XVI, sobre o serviço da caridade, um documento que “insta o bispo à criação de um serviço de Cáritas Paroquial”.
Carlos de Oliveira acrescentou que “se não for possível estabelecer esse grupo de Cáritas, que tenha um análogo”, e pediu aos grupos Cáritas que sejam “abertos a outras realidades na comunidade paroquial”, que procurem “estabelecer ligação com outras estruturas, desde que venha a facilitar o trabalho”.
O presidente da Cáritas Diocesana do Algarve incentivou também à “reflexão na procura de novos caminhos que reforcem a identidade e motivação cristã” dos serviços prestados, e lembrou que não são “instituição de filantropia”.
“Filantropia fazem outras instituições. Nós temos outra missão que é ajudar com amor; Não é só dar. Temos de fazer com que as pessoas possam dar o salto e dar o salto é ir caminhando com elas, para que deixem de estar na situação em que estão”, concluiu Carlos de Oliveira, citado pelo jornal ‘Folha do Domingo’.
O 6.º Encontro das Cáritas Paroquiais do Algarve teve a participação das Cáritas de São Luís de Faro, da Sé de Faro, de Loulé, de São Brás de Alportel e da Matriz de Portimão, existem ainda grupos em Boliqueime, Lagoa, São Bartolomeu de Messines e Nossa Senhora do Amparo de Portimão.
A Cáritas Diocesana do Algarve já tinha informado que angariou 3.769,14 euros no peditório de rua 2025, entre 16 e 23 de março, mais 418,35 euros (3.350,79 euros) do que em 2024; esta iniciativa anual inserida na Semana Nacional da rede da Cáritas Portuguesa.
CB/OC