«Não há direitos humanos sem o direito a nascer», diz Luís Lopes, ativista pró-vida
Faro, 09 abr 2024 (Ecclesia) – A Diocese do Algarve acolheu este sábado a ‘Caminhada pela Vida’ 2024, que se realizou pela primeira vez, em Faro, mobilizando cerca de 170 pessoas.
“Não há direitos humanos sem o direito a nascer. O direito de vir à luz, esse é o primeiro direito de cada ser humano. Algumas pessoas gostam de usar a palavra feto, que parece que é uma coisa mais leve, mas essas pessoas também foram um feto, o aborto é a eliminação de um ser humano”, disse Luís Lopes, citado pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.
O ativista pró-vida com mais de 20 anos de militância destacou que “hoje está muito na moda falar de inclusão”, e questionou se “será justo excluir aqueles que estão na barriga da sua mãe”.
“Temos de dar dignidade à vida humana desde a conceção até à morte natural. Toda a vida humana é digna; A mulher tem o direito a ser apoiada pela sociedade e pelas políticas. A mulher não tem de ser empurrada para o aborto. O aborto não é inevitável”, desenvolveu Luís Lopes, pedindo “políticas e apoios que dificultem ao máximo a mulher ter de decidir abortar e que facilitem ao máximo a mulher decidir continuar com aquela vida em diante”.
O ativista afirmou que quem não defende a liberalização do aborto não quer ver as mulheres que abortem presas, “não querem é que o aborto seja algo de normalizado na sociedade” portuguesa e apelou a uma mobilização que permita “dar uma alternativa às pessoas”, lembrando que o Parlamento Europeu, em Bruxelas, vai votar, esta quinta-feira, dia 11 de abril, a inclusão do “direito ao aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia”.
A Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE) rejeitou esta terça-feira, dia 9 de abril, em comunicado, a proposta de inclusão do direito ao aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da UE.
Segundo o jornal ‘Folha do Domingo’, a ‘Caminhada pela Vida’ em Faro juntou cerca de 170 pessoas em defesa pela vida, desde a conceção até à morte natural, como católicos, evangélicos e outros simpatizantes, de vários pontos do Algarve, na iniciativa que se realizou entre a Escola Secundária João de Deus e o Jardim Manuel Bívar.
A médica de família Helena Boavida destacou a necessidade de “fortalecer a resposta de proximidade” com o apoio em cuidados paliativos “junto de quem precisa”, realçando que essa “é a resposta necessária”.
“Que as novas gerações possam acreditar, confiar que podemos continuar a contar uns com os outros num olhar que vê além das aparências, das dificuldades, dos limites da funcionalidade, que vive o amor como resposta a cada vida”, acrescentou a médica de família.
Ao longo do percurso, entre a Escola Secundária João de Deus e o Jardim Manuel Bívar, os manifestantes levaram cartazes alusivos à defesa da vida e entoaram palavras como ‘Cuidar sim, matar não’ ou ‘Porquê, porquê se ainda bate o coração? Porquê, porquê se matar não é solução?’.
Já no Jardim Manuel Bívar tiveram várias intervenções e momentos de animação musical e cultural, com o duo de vozes e guitarra Margarida Delfino e Teresa Casinha Ramos, e o grupo de dança contemporânea ‘Ministério de Dança CCR’.
O jornal da Diocese do Algarve informa que na ‘Caminhada pela Vida’ em Faro apelaram ainda à disponibilização para integração de uma bolsa de voluntários pela causa da vida e para a criação de um grupo de oração; em 2025, esta manifestação vai realizar-se no dia 29 de março.
CB/OC