Faro, 16 abr 2017 (Ecclesia) – O bispo do Algarve recordou na celebração de Sexta-feira Santa as “feridas” que são hoje provocadas à dignidade do ser humano, convidando os católicos a “abrir o coração aos outros”.
“Impulsionar-nos-á, sobretudo, a combater qualquer forma de desprezo da vida e de exploração da pessoa e a aliviar os dramas da solidão e do abandono que são as grandes chagas nos dias de hoje. E ao mesmo tempo a alargar o nosso horizonte a todo o sofrimento humano”, acrescentou D. Manuel Quintas, na celebração da Paixão do Senhor a que presidiu na Catedral de Faro.
Numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA, o prelado recordou os ‘crucificados’ do mundo, “todos aqueles que sofrem, vítimas de tantas situações, de tantos atropelos à dignidade humana, vítimas de guerras, de conflitos”, bem como os “tantos cristãos que não podem celebrar o Tríduo Pascal, precisamente porque são perseguidos”.
O bispo diocesano lamentou também o lançamento pela Força Aérea norte-americana da mais potente das bombas não-nucleares, denominada como a “mãe de todas as bombas”, sobre a província montanhosa de Nangarhar, junto à fronteira com o Paquistão.
“Como não ficar surpreendido com a notícia de uma bomba a que chamam «mãe» de todas as bombas? Isto é um contrassenso, um paradoxo. Como é que uma bomba pode ser «mãe»? Pela sua força destruidora é precisamente o contrário de uma mãe que é pela sua força, criadora”, questionou.
OC
