Algarve: Bispo destacou «o apelo a valores humanos irrenunciáveis» do Papa Francisco

«Deus chamou-o em pleno ano jubilar e em ambiente pascal» – D. Manuel Quintas

Foto: Inês Agostinho

Faro, 23 abr 2025 (Ecclesia) – O bispo do Algarve presidiu a uma Eucaristia “para dar graças a Deus pelo dom do Papa Francisco”, e lembrou que “foi uma referência, reconhecida por todos, como apelo a valores humanos irrenunciáveis”, esta terça-feira, na Sé de Faro.

“Estamos certos de que o Papa Francisco já participa no banquete do Reino celeste, donde continuará a interceder pela Igreja e por cada um de nós, para que honremos o legado espiritual que nos deixou, e sobretudo não esmoreçamos neste caminho de renovação sinodal por ele iniciado”, disse D. Manuel Quintas, citado pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.

O Papa Francisco faleceu aos 88 anos, na sequência de um acidente vascular cerebral (Ictus Cerebri), a que se seguiu um coma com “colapso cardiovascular irreversível”, esta segunda-feira, dia 21 de abril, na Casa de Santa Marta, o anúncio da morte foi feito pelo cardeal camerlengo, D. Kevin Farrell.

O bispo do Algarve destacou que o Papa Francisco “foi uma referência reconhecida por todos” e lembrou o “apelo a valores humanos irrenunciáveis, que soube transmitir e testemunhar de modo tão cativante e convincente”.

“Abrangem a sociedade humana nos mais diversos âmbitos: a paz, a justiça, a fraternidade universal, o amor preferencial pelos pobres e pelos últimos, a promoção da vida humana e o cuidado com a criação e a casa comum, o diálogo ecuménico e interreligioso”, desenvolveu.

Na Missa que presidiu pelo Papa Francisco, na Sé de Faro, o bispo do Algarve lembrou “o caminho sinodal da Igreja comunhão, participação, missão, processo em curso”, a preferência por uma Igreja em saída, “uma Igreja-enlameada, uma Igreja-hospital, uma Igreja discípula missionária e sinodal”, que os católicos devem “continuar a assumir e a viver”.

D. Manuel Quintas referiu-se à “alegria do Evangelho” e a “alegria do amor”, os temas das exortações apostólicas ‘Evangelii Gaudium’ e ‘Amoris Laetitia’, e atenção aos jovens, com a exortação apostólica pós-sinodal ‘Christus Vivit’ (Cristo Vive).

Segundo o bispo diocesano, também “continuarão a constituir referência obrigatória no futuro” as encíclicas ‘Laudato si’, ‘Fratelli tutti’ e ‘Dilexit nos’.

“Deus chamou-o em pleno ano jubilar e em ambiente pascal”, observou D. Manuel Quintas.

A partir das leituras desta terça-feira da oitava da Páscoa, o responsável diocesano indica “o modo como acolher e fazer frutificar o legado do Papa Francisco”, salientando que os cristãos aprenderam com o Papa Francisco que “a escuta da Palavra não pode limitar-se a uma compreensão intelectual, mas deve ser acolhida com o coração”.

O jornal ‘Folha do Domingo’ informa que a celebração na Sé de Faro, contou com a participação de católicos de toda a diocese algarvia e foi concelebrada por vários sacerdotes diocesano, de outras dioceses e o serviço de vários diáconos.

O funeral do Papa Francisco é celebrado este sábado, dia 26 de abril, pelas 10h00 (menos uma em Lisboa), no adro da Basílica de São Pedro; a Missa tem presidência do cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.

CB

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