Algarve: Bispo destaca «experiência de unidade e comunhão alicerçada na fé», nos «Dias na Diocese»

«Vamos envolver-nos com os nossos jovens», pediu D. Manuel Quintas, afirmando que «é a comunidade que envia» para a JMJ Lisboa 2023

Faro, 20 jul 2023 (Ecclesia) – O bispo do Algarve sublinhou a importância de acolher os cerca de sete mil jovens que vão participar nos ‘Dias nas Dioceses’ da Jornada Mundial da Juventude.

“Vamos ter oportunidade de fazer uma experiência enriquecedora de unidade e comunhão alicerçados na fé, centrados na pessoa de Cristo vivo e ressuscitado que é verdadeiramente o centro da nossa fé, naturalmente impulsionados por Maria e no seu testemunho”, disse D. Manuel Quintas, esta quarta-feira, na Eucaristia da solenidade do 80º aniversário da dedicação da Sé de Faro.

A Diocese do Algarve, de 26 a 31 de julho, vai acolher cerca de sete mil jovens de cerca de 60 países, que vão participar na semana dos ‘Dias nas Dioceses’, antes da JMJ Lisboa 2023, acompanhados por dois cardeais e cerca de 20 bispos, 140 padres e de 70 consagrados, informa o jornal ‘Folha do Domingo’.

“Será expressão de uma Igreja viva, jovem, permitindo-nos fazer esta experiência que, certamente, será enriquecedora para as nossas comunidades e para cada um de nós”, afirmou D. Manuel Quintas.

O bispo do Algarve explicou que, em Portimão, vão receber cerca de 4200 jovens, que têm “uma organização própria”, do instituto religioso ‘Chemin Neuf’ (Caminho Novo), e são acolhidos com o apoio do município e também da paróquia matriz.

“É novo mesmo este instituto. Surgiu na França, com uma espiritualidade própria também muito ligada a Taizé, aos carismáticos, mas reúne jovens de todo o mundo. Vão estar presentes também dois cardeais e 10 bispos. E depois deste lado – em Loulé, Faro e Tavira – 2700, vindos de 19 países dos cinco continentes, acompanhados por 11 bispos, 140 padres e cerca de 70 consagrados”, desenvolveu.

D. Manuel Quintas incentivou os algarvios a deixarem-se “envolver” por este movimento que se pretende “que seja galvanizador de tudo e de todos”, “também da Igreja diocesana”.

“Não gostaria que nos puséssemos de fora da celebração da JMJ. Não gostaria que disséssemos: «isso é para os jovens». Vamos meter-nos por dentro. Vamos envolver-nos com os nossos jovens. Vamos sentir-nos a partir com eles”, pediu, na Sé de Faro.

Neste contexto, explicou que uma das maneiras de participar é na Eucaristia de envio que encerra os ‘Dias nas Dioceses’, no dia 30, no Estádio do Algarve: “Vamos enviá-los também nós. Não é só o bispo que envia, somos todos nós. É a comunidade que envia”.

Sobre a solenidade do 80º aniversário da dedicação da Sé de Faro, o atual responsável diocesano contextualizou foi o bispo do Algarve em 1943, D. Marcelino Franco, que realizou a dedicação da catedral por não se conhecer a data dessa celebração, e “com o clero” decidiram que fosse o dia 19 de julho, por celebrar “as bodas de ouro sacerdotais”.

“A catedral não faz referência apenas ao bispo no exercício do seu ministério. Faz referência a cada comunidade paroquial, a cada membro desta Igreja diocesana, como pedras vivas deste templo espiritual que todos nós constituímos, cuja pedra angular é Jesus Cristo”, explicou D. Manuel Quintas.

O jornal diocesano ‘Folha do Domingo’ destaca a presença na Eucaristia de um grupo de sete elementos, da França, que viajou hoje para Lisboa para participar na JMJ 2023; estes jovens visitaram a catedral de Faro, e no final da Missa pediram para falar com o bispo diocesano e que os abençoasse; em 2019, antes da JMJ Panamá, também passaram pelo Algarve.

CB/OC

 

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