D. Manuel Quintas lembrou celebração diocesana da abertura do Ano Jubilar, em Faro, que registou presença de muitos fiéis
Albufeira, 15 jan 2025 (Ecclesia) – O bispo do Algarve salientou esta terça-feira a participação da diocese nas celebrações a propósito do Ano Santo 2025, lembrando a abertura do ano jubilar, na Sé de Faro.
Lembrando uma conversa com D. Rino Fisichella, do organismo da Cúria Romana responsável pela organização dos eventos do Ano Santo, que ressaltou a adesão surpreendente das dioceses de todo o mundo à abertura do ano jubilar, D. Manuel Quintas disse que o mesmo se confirmou na diocese que lhe está atribuída.
“Há 25 anos que eu já levo de Algarve, nunca vi a Diocese de Faro, a nossa catedral, tão cheia como este ano”, afirmou o bispo diocesano à Agência ECCLESIA, no âmbito das jornadas de atualização do clero das dioceses do sul de Portugal, que decorrem até quinta-feira em Albufeira, nas quais o colaborador do Papa foi um dos oradores.
D. Manuel Quintas descreve que a catedral estava “repleta de gente”, nos corredores, nos altares laterais, nas escadas que vão para o coro, mesmo no próprio cemitério, com os jovens a sentarem-se à frente do clero e do bispo.
“Vemos por este sinal que o povo de Deus quer celebrar este Jubileu da Esperança, quer usufruir deste Jubileu da Esperança, quer renovar-se também de certa maneira”, sublinhou, acrescentando que um dos objetivos é precisamente a “conversão pessoal”.
‘Tempo de graça e de renovação da Igreja e do Presbítero’ é o tema desta 18.ª jornada de atualização do clero das dioceses do Algarve, Beja, Évora e Setúbal, iniciativa organizada pelo Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE), que vai reflete sobre o Jubileu da Esperança, o Ano Santo 2025.
O bispo do Algarve destaca que só o facto de o clero se encontrar representa atualização, uma vez que participantes crescem “em fraternidade, em conhecimento mútuo”.
“A partilha que se faz fora daquilo que são as conferências, a reunião de grupos, o convívio que se gera entre nós, isso é muito enriquecedor e isso já nos atualiza”, enfatiza.
Em sintonia com o Jubileu 2025, com o tema “Peregrinos da Esperança”, a Diocese do Algarve vive o triénio 2024/2027, com o lema “Alegres na Esperança”, ao longo do qual estão previstas diversas iniciativas, no âmbito da celebração do Ano Santo.
“[Iniciativas] que vamos promover, sobretudo ligadas à celebração do Jubileu, têm o objetivo exatamente de nos ajudar a conseguir pessoalmente, eclesialmente, também a partir das nossas comunidades, uma adesão mais firme à pessoa de Cristo, ter um encontro com Ele”, indicou.
O bispo do Algarve refere que a primeira celebração jubilar acontece no dia 25 de janeiro, com os catequistas, à qual se sucedem outras iniciativas, não apenas na Catedral, mas também no Santuário diocesano da Mãe Soberana, em Loulé.
Neste Ano Santo 2025, D. Manuel Quintas refere que já está a ser peregrino da esperança acompanhado pela diocese.
“Não quer dizer que vá sempre à frente, como é essa imagem do pastor, muitas vezes vou dos lados, atrás e tantas vezes no meio, ou seja, também fortalecido pela fé e pelo desejo sincero de conversão pessoal e sobretudo de maior adesão à pessoa de Cristo”, explicou.
O ano santo de 2025 é o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja; o Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
O último jubileu foi o ano santo extraordinário dedicado à Misericórdia (29 de novembro de 2015 a 20 de novembro de 2016), convocado com a Bula ‘Misericordiae Vultus’ do Papa Francisco.
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