D. Manuel Quintas, da congregação dos Dehonianos, destacou também a «realização da missão da Igreja»
Loulé, 07 fev 2023 (Ecclesia) – O bispo da Diocese do Algarve afirmou que os consagrados e consagradas têm como finalidade a “realização da missão da Igreja e a promoção da pessoa humana em todas as suas dimensões”, na celebração diocesana do Dia do Consagrado.
“A vida de especial consagração assume, por dom de Deus, a mesma forma de vida de Cristo, nas suas opções pessoais e, sobretudo, em relação a Deus e também no serviço ao povo de Deus”, disse D. Manuel Quintas, este domingo, na celebração de encerramento da Semana do Consagrado, informa o jornal ‘Folha do Domingo’.
‘Peregrinos da Esperança’ foi o tema da Semana nacional do Consagrado que a Igreja Católica em Portugal viveu entre 26 de janeiro e 2 de fevereiro, a Festa da Apresentação do Senhor; e na Diocese do Algarve terminou este domingo, dia 5.
Na celebração diocesana do Dia do Consagrado, no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como Mãe Soberana, em Loulé, o bispo do Algarve explicou que os consagrados têm como finalidade “a realização da missão da Igreja e a promoção da pessoa humana em todas as suas dimensões”.
Na Diocese do Algarve existem 12 comunidades de irmãs e quatro de religiosos, D. Manuel Quintas, que pertence à Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), explicou que os consagrados são “uns mais ativos, outros mais contemplativos ou só contemplativos”.
“Deixando que a contemplação também seja ação, apostolado, missão. Uns mais para fora, missionários ad gentes, outros menos, contemporizando tudo”, acrescentou.
Os 28 consagrados – sacerdotes, irmãos ou irmãs -, que participaram no encerramento da Semana do Consagrado, assistiram também à conferência ‘Maria, a primeira discípula’, na ermida do santuário, antes da Eucaristia.
“A palavra do discípulo deve ser viva, saboreada e saborosa. O seu testemunho tem de ser sem disfarce e estratégia, humilde, atento, comovido, próximo, acolhedor, profético e evangelizador, que deixe ver Jesus Cristo. No fundo, exige-se que não sejamos simples animadores ou admonitores, mas transparências e testemunhas fiéis de Jesus Cristo”, disse o cónego Carlos de Aquino.
Segundo o sacerdote diocesano, “só permanecendo discípulos” podem ensinar com autoridade e testemunhar a “verdade e a alegria do Evangelho”, e destacou que a Igreja evangelizadora “não é mundana nem autorreferencial, que vive em si, de si e para si”, nem o religioso deve viver assim porque “a sua missão deve dirigir-se a todos, tudo e sempre”.
No Dia Mundial da Vida Consagrada (2 fevereiro), a irmã Maria da Graça, Carmelita Descalça da comunidade no Patacão, celebrou 50 anos de vida religiosa; natural de Vila Nova de Famalicão, professou no antigo Carmelo do Estoril, em 1973, e está na comunidade carmelita no Algarve, desde 2013.
CB/OC